Após alta de cotação, dólar encerra o dia em queda de 0,14%, cotado a R$ 4,9078

O dólar teve um dia de altos e baixos nesta segunda-feira, 13, chegando a se aproximar do teto de R$ 4,95 pela manhã, mas encerrando o dia em baixa de 0,14%, cotado a R$ 4,9078. A liquidez foi reduzida e houve pouca disposição dos investidores por apostas mais contundentes, com o contrato de dólar futuro movimentando menos de US$ 9 bilhões.

A formação da taxa de câmbio no mercado local foi muito influenciada pelo ambiente externo, com o escorregão do real pela manhã acontecendo em meio à valorização global da moeda norte americana ao avanço das taxas dos Treasuries, em resposta ao rebaixamento da perspectiva do rating AAA dos Estados Unidos pela Moody’s. Além disso, há riscos associados à chamada disfuncionalidade da política americana.

No início da tarde, o estresse já havia diminuído, com o índice DXY virando para o campo negativo e a maioria das divisas de exportadores de commodities se fortalecendo. Esta valorização foi vista em dia de alta do minério de ferro e aumento das cotações internacionais do petróleo. A expectativa para leituras de inflação nos EUA saíram esta semana, com dirigentes do Federal Reserve, incluindo o chairman Jerome Powell, adotando um tom mais duro ao longo da semana passada e deixando aberta a porta para alta adicional da taxa de juros de referência nos EUA.

No Brasil, as atenções se voltam para a votação final da reforma tributária na Câmara dos Deputados, após aprovação com alterações no Senado. Também é especulada uma mudança da meta de déficit zero para 2024 no projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) nesta semana. A ala política do governo quer emplacar meta de déficit primário superior a 0,5% do PIB do ano que vem, com o objetivo de evitar contingenciamentos.

Em relação ao câmbio, o dia foi marcado por oscilações influenciadas pelo cenário internacional e pela falta de definições no front fiscal. A situação econômica e política no Brasil ainda gera incertezas no mercado, e os investidores aguardam por mais clareza e estabilidade para tomarem decisões mais assertivas.

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