A aglomeração de usuários de crack tem mudado de lugar com frequência nos últimos meses, em parte devido às ações das forças de segurança da prefeitura e do governo estadual para dispersar os dependentes químicos. Recentemente, a cracolândia chegou mais perto do Bom Retiro, deslocando-se por cerca de 1 km ao longo da rua dos Gusmões, estacionando na rua dos Protestantes. Cerca de mil pessoas se amontoam nesse ponto, vigiadas pela GCM (Guarda Civil Metropolitana).
A presença constante do fluxo de usuários de drogas tem afetado diretamente o comércio local. Lojistas relatam prejuízos de mais de 50% nos últimos tempos, e uma vendedora de uma barraca de roupas conta que o faturamento diário da loja foi reduzido drasticamente, de R$ 1.000 para menos de R$ 200. A sensação de insegurança afasta os clientes, que evitam ficar nas calçadas ou frequentar os estabelecimentos da região.
Apesar dos esforços das autoridades locais, como o monitoramento das cenas de uso de entorpecentes, a situação ainda preocupa os frequentadores e comerciantes da região. A Secretaria de Segurança Pública afirma que 60 infratores foram presos em flagrante na última semana, e houve quedas significativas nos índices de roubos e furtos. No entanto, ainda há uma sensação de insegurança generalizada que afeta diretamente a vida dos moradores, comerciantes e frequentadores do Bom Retiro.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes afirma que a movimentação do fluxo de usuários de drogas ocorre por conta própria, sem recomendações de locais específicos para se instalarem. No entanto, os efeitos dessa movimentação são visíveis no dia a dia da região, causando prejuízos financeiros e afastando os clientes dos estabelecimentos locais. A situação pede uma atenção especial das autoridades públicas para garantir a segurança e o bem-estar da população que frequenta e vive na região do Bom Retiro.