Prefeito de São Paulo afirma que GCM não determina locais da Cracolândia, mas impede movimentações em determinados locais.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), concedeu uma entrevista nesta sexta-feira (10) em que abordou a situação da Cracolândia na região central da cidade. O prefeito afirmou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) não determina os locais para onde a Cracolândia se desloca, mas reconheceu que algumas movimentações são barradas.

Nunes destacou que a GCM não interfere no destino do fluxo, mas afirmou que existem locais em que os usuários de drogas não podem ficar. Ele não especificou quais seriam esses locais, mas garantiu que a segurança dos dependentes químicos é levada em consideração para evitar riscos à sua integridade.

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O prefeito ainda negou que tenha havido orientação por parte dos agentes da GCM para que o fluxo se deslocasse para mais perto da Estação da Luz, onde a aglomeração de usuários de drogas se concentrou durante esta semana. No entanto, vídeos obtidos pela reportagem mostram os agentes cercando a Rua dos Gusmões, endereço para onde a Cracolândia ia no período da noite antes de migrar para a Rua Mauá.

De acordo com informações levantadas pela reportagem, a Cracolândia passou duas madrugadas na Rua Mauá, próximo à Estação da Luz, o que gerou protestos de comerciantes e moradores da região. Eles impediram os dependentes químicos de voltar para o local na noite de quinta-feira (9).

A presença da GCM na região da Cracolândia está sendo intensificada, com mais de 1.600 agentes atuando no patrulhamento comunitário e preventivo. A Prefeitura destacou que a ação visa garantir a segurança dos agentes públicos e da população em geral.

Até o momento, a Cracolândia já ocupou ao menos 11 endereços diferentes ao longo do ano, conforme mapeamento da Prefeitura. Diante desse cenário, a gestão pública vem buscando maneiras de lidar com a situação de forma a minimizar os riscos para os usuários de drogas e para a comunidade local.

A movimentação da Cracolândia e as ações da Prefeitura e da GCM continuam sendo acompanhadas de perto, à medida que a busca por soluções eficazes para a questão do uso de drogas na região central de São Paulo segue em discussão.

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