O aumento no preço das passagens aéreas foi o principal responsável por puxar a inflação para cima. O grupo de transportes foi um dos que mais pressionou os preços, com destaque para o aumento de 23,70% nas passagens aéreas. O gerente da pesquisa, André Almeida, explicou que esse aumento pode estar relacionado a fatores como o aumento no preço do querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano.
O preço dos combustíveis teve um impacto significativo no resultado do IPCA. A gasolina, que tem o maior peso na cesta de compra das famílias, registrou uma queda de 1,53%, contribuindo para segurar a inflação. O preço do gás veicular e do etanol também tiveram queda, de 1,23% e 0,96%, respectivamente.
O grupo de alimentação e bebidas, que tem um grande peso no orçamento das famílias, apresentou alta depois de quatro meses seguidos de deflação. Itens como batata-inglesa, cebola, frutas, arroz e carnes tiveram aumento nos preços. O arroz acumula uma alta de 13,58% no ano, devido à menor oferta e maior demanda de exportação. Já a batata e a cebola tiveram menor oferta devido ao aumento de chuvas nas regiões produtoras, que prejudicaram a colheita.
O resultado anunciado coloca o IPCA acumulado de 12 meses acima da meta de inflação determinada pelo Banco Central, que é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Além disso, o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos. Em outubro, o INPC registrou um aumento de 0,12%, acumulando 3,04% no ano e 4,14% nos últimos 12 meses.
Com o resultado do IPCA e do INPC, o cenário econômico do país continua a apresentar desafios, especialmente para as famílias de renda mais baixa, que são mais impactadas pela inflação.
