O advogado Rennan Nascimento, de 31 anos, morador da Vila Mariana, reclama que a casa está sem energia desde a tempestade. Segundo ele, a situação tem causado transtornos em sua família, especialmente para os pais, que têm 70 anos e estão há uma semana tomando banho de água fria. Além disso, a falta de eletricidade impediu que três carros da família pudessem ser utilizados durante esse período.
Nascimento também critica o atendimento da Enel, alegando que fizeram mais de 50 ligações para a empresa e ainda não receberam uma previsão de solução para o problema. O advogado destaca que a família contratou um eletricista para avaliar a parte interna da casa, e esse profissional constatou que o problema está localizado do lado de fora da residência.
Outro morador afetado é o empresário Victor Cadena, de 31 anos, da Vila Formosa, zona leste. Ele relata que a falta de energia tem alterado sua rotina de trabalho, já que precisa se deslocar com seu notebook e carregar o celular no carro.
Diante das reclamações, a Prefeitura de São Paulo entrou com um pedido de medida de tutela antecedente contra a Enel, exigindo o religamento imediato da rede elétrica em endereços que ainda estariam sem luz, multa para a empresa em caso de atraso no restabelecimento da energia, prazo para remoção de árvores caídas que interferem na fiação elétrica, entre outros pedidos.
A Enel, por sua vez, afirmou que todos os clientes afetados pela tempestade tiveram o fornecimento de energia restabelecido e que continua trabalhando em ocorrências específicas que surgiram nos dias seguintes ao desastre. A empresa se solidarizou com os clientes impactados pela falta de luz e se comprometeu a prestar todas as informações necessárias para as autoridades.
Diante do impasse, a população espera que a situação seja regularizada e que a prefeitura e a concessionária de energia encontrem uma solução para os problemas causados pela tempestade.