Repórter São Paulo – SP – Brasil

Shell processa Greenpeace em US$ 2,1 milhões por invasão a navio de produção de petróleo

A gigante britânica de petróleo e gás, Shell, está em uma batalha legal contra o Greenpeace. A empresa entrou com uma ação no Tribunal Superior de Londres exigindo US$ 2,1 milhões (R$ 10,2 milhões) em danos após ativistas do grupo ambiental embarcarem no navio de produção de petróleo da Shell no início deste ano, de acordo com a ONG e um documento visto pela agência de notícias Reuters.

O incidente ocorreu em janeiro, quando os ativistas do Greenpeace embarcaram no navio, que estava em trânsito no mar perto das Ilhas Canárias, no norte da África, para protestar contra a perfuração de petróleo. Porém, a Shell considerou o ato ilegal e extremamente perigoso, afirmando que o direito de protestar é fundamental, mas deve ser feito de forma segura e legal.

O destino do navio era o campo de petróleo e gás Penguins, no Mar do Norte, que ainda não está em produção. A ação dos ativistas causou atrasos no transporte, despesas com segurança adicional e custos legais para a empresa. Em comunicado, o Greenpeace afirmou que a ação da Shell é uma das maiores ameaças legais à capacidade da organização de fazer campanhas em mais de 50 anos de história.

A Shell ofereceu reduzir sua reivindicação de danos para US$ 1,4 milhão (R$ 6,8 milhões) se os ativistas do Greenpeace concordassem em não protestar novamente em nenhuma das infraestruturas de petróleo e gás da Shell em alto mar ou atracadas. No entanto, o Greenpeace disse que só consideraria a proposta se a Shell cumprisse uma ordem judicial holandesa de 2021 para reduzir suas emissões em 45% até 2030, ordem da qual a Shell recorreu.

Além disso, a Shell está enfrentando uma ação por danos adicionais de cerca de US$ 6,5 milhões (R$ 31,8 milhões) por um dos contratados da empresa, a Fluor. A ONG e a Shell realizaram negociações, mas as conversas terminaram no início de novembro, e agora o Greenpeace está aguardando a petroleira apresentar mais documentos no tribunal antes de considerar seus próximos passos.

Com isso, a batalha entre a Shell e o Greenpeace continua, com a empresa buscando reparação pelos danos causados pelo protesto dos ativistas ambientais. Enquanto isso, o Greenpeace aguarda para ver como o caso irá prosseguir, mantendo-se firme em sua defesa da justiça climática e contra a exploração de petróleo e gás em alto mar.

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