Desenvolvido pela Fundação Florestal, em parceria com as prefeituras de Bertioga, Guarujá e São Sebastião, o projeto busca conscientizar, prevenir e combater a poluição marinha. O PSA Mar Sem Lixo incentiva os pescadores de camarão a coletarem resíduos trazidos nas redes e acondicioná-los de forma adequada, para posteriormente serem levados ao continente para a destinação correta.
Os pescadores participantes do projeto recebem uma remuneração de acordo com a quantidade de lixo coletado. No fim de cada mês, o peso dos resíduos é registrado e convertido em reais, até um limite de R$600 por profissional, e creditado em um cartão alimentação cadastrado. Thiago Rodrigues Cruz de Matos, um dos 81 pescadores que participam do PSA na primeira fase do projeto, afirma que o programa tem sido gratificante e contribui significativamente para a renda dos profissionais.
O projeto, que já opera em Ubatuba e Cananéia, tem como parceiras fundamentais as Prefeituras e Cooperativas de Catadores, que são responsáveis pela destinação correta dos resíduos. Além disso, atividades educativas e mutirões de limpeza de praias e mangues são realizados, contando com a participação de mais de 1750 pessoas em cerca de 288 atividades.
A poluição marinha é uma questão preocupante que afeta diversas espécies e o ser humano. Estima-se que 12 milhões de toneladas de lixo são lançadas no mar por ano em todo o mundo, impactando animais marinhos e a saúde humana. A conservação marinha é uma das prioridades da Fundação Florestal, que administra 50% do mar territorial paulista por meio das três Áreas de Proteção Ambiental Marinhas (APAM) sob sua gestão.
Com a ampliação do projeto Mar Sem Lixo, a expectativa é de que mais pescadores se engajem na iniciativa de preservação do meio ambiente e que mais resíduos sejam retirados do mar, contribuindo para a redução dos impactos da poluição marinha. O programa representa um incentivo econômico para os pescadores e uma ação efetiva na preservação dos oceanos e da vida marinha.
