“O racismo não pode ser naturalizado pela nossa sociedade e deve ser combatido. A investigação para identificar os autores e a devida responsabilização deles é fundamental. A internet não pode ser uma terra sem lei e, por isso, sua regulamentação é urgente e importante. Racistas não vão calar a minha voz e nem me intimidar. Seguirei de cabeça erguida e de punho cerrado!”, afirmou Renata em suas redes sociais.
Renata Souza é presidenta da CPI do Reconhecimento Fotográfico nas Delegacias, instituída na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Segundo a deputada, o racismo algorítmico aconteceu há cerca de duas semanas. Renata solicitou a um aplicativo de inteligência artificial para gerar uma arte no estilo das que são feitas pela Pixar, estúdio de animação norte-americano. O resultado foi uma ilustração de uma mulher negra, com a favela ao fundo e uma arma de fogo na mão.
“A descrição pedida era de uma mulher negra, de cabelos afro, com roupas de estampa africana num cenário de favela. O imaginário de violência nas favelas e de criminalização de corpos e territórios negros também está presente em tecnologias”, explicou a deputada. “É urgente que a sociedade debata os limites e o uso dessas novas tecnologias”.
O caso de Renata chama a atenção para a questão do racismo nas redes, assim como o uso de tecnologias que reproduzem estereótipos e preconceitos. A necessidade de regulamentação e fiscalização para coibir esse tipo de comportamento é evidente. Na luta contra o racismo, Renata mostra determinação ao não se calar diante das ofensas e em buscar responsabilização para os autores dos atos discriminatórios. A denúncia feita pela deputada é um passo importante na busca por justiça e respeito.