O Ministério da Cultura selecionou 260 empreendedores de todo o país e financiou a participação deles no evento. Além disso, outros 200 fazedores de cultura se inscreveram para as rodadas de negócios. Segundo Andrea Guimarães, diretora de desenvolvimento econômico da Cultura do Ministério da Cultura (Minc), a existência de um mercado aberto, de acesso público para negócios da cultura, é de extrema importância, já que a maioria dos mercados existentes são setoriais e pagos, o que exclui muitos empreendedores que não têm condições de pagar para estar no mercado.
O evento atraiu uma diversidade de participantes, como o artista Flowjack, do Rio Grande do Sul, que veio apresentar projetos de qualificação no hip hop. Ele ressalta a importância da construção de redes de contatos para o fortalecimento dos empreendimentos culturais. O MICBR também atraiu profissionais do setor audiovisual, como Bárbara Sturm, da distribuidora de filmes Elo Studios, que veio em busca de filmes brasileiros produzidos na Região Norte do país.
A escritora Jaqueline Moura, fundadora de uma pequena editora de Goiânia, busca parcerias para adaptação de roteiros e destaca que o MICBR traz novos empreendedores para o mercado cultural, ao mesmo tempo em que proporciona oportunidades para interagirem com empresas maiores, promovendo um ambiente de capacitação e qualificação para os participantes do evento.
A expectativa da organização do MICBR é alta, com a previsão de mais de duas mil reuniões em três dias de rodadas de negociação e a possibilidade de fechar até 30 milhões de dólares em negócios a partir do evento. A presença de novos empreendedores e a possibilidade de interação com empresas consolidadas no mercado garantem a movimentação intensa durante o evento.
O MICBR representa, portanto, uma oportunidade ímpar para os empreendedores da cultura expandirem seus negócios, promoverem parcerias e ampliarem suas redes de contatos, fortalecendo assim o setor das indústrias criativas do Brasil.
