Repórter São Paulo – SP – Brasil

Inmet emite alerta amarelo de onda de calor histórica que atingirá região central do Brasil; temperaturas podem superar os 40°C.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo de onda de calor que está previsto para atingir a região central do país nos próximos dias. Esta será a segunda onda de calor do ano, após o período de temperaturas recordes que ocorreu em setembro, tornando este o mês mais quente da história brasileira.

De acordo com o instituto, o alerta de onda de calor de nível amarelo é emitido quando a previsão indica que as temperaturas máximas ficam 5ºC acima da média pelo período de dois a três dias consecutivos. O meteorologista Vinicius Lucyrio, da Climatempo, prevê que esta onda de calor poderá ser histórica, com potencial de recordes mensais de novembro em algumas cidades do país, como Palmas, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Cuiabá e Campo Grande.

Até o momento, apenas alguns municípios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão enfrentando os efeitos da onda de calor, com temperaturas máximas que devem superar os 42°C nos próximos dias. Além disso, outras regiões do país também estão com temperaturas acima da média, com máximas superando os 30°C em grande parte do território nacional. No Tocantins e no interior do Nordeste, também foram registradas temperaturas acima dos 40°C.

O Inmet registrou temperaturas perto dos 40°C em municípios do oeste de São Paulo, e na capital paulista, a máxima foi de 33,5°C. Segundo a previsão do instituto, o forte calor deverá continuar, pelo menos, até meados da próxima semana, com a onda se espalhando principalmente para a área central do país. O meteorologista do Inmet, Olivio Bahia, afirma que o calor pode intensificar, e o alerta de onda de calor, que é amarelo, pode ser alterado nos próximos dias.

Bahia explica que a intensidade do aviso está relacionada com a persistência do fenômeno e não aos desvios de temperatura absolutos, e que o alerta pode mudar para laranja e vermelho, depois de análise do Inmet. Ele destaca que a agricultura e a pecuária sofrem durante esses períodos de calor excessivo, com muitos agricultores preocupados em perder as sementes usadas nos plantios durante a onda de calor e também com a possível chuva com grande volume de água que pode vir a seguir.

Segundo Bahia, a agricultura ideal é que chova por dias corridos e em menor intensidade, para evitar a enxurrada que pode levar as sementes. Ele ressalta que ainda não é possível prever quando as chuvas se tornarão mais frequentes, diminuindo o calor, e que isso terá que ser acompanhado diariamente.

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