Reforma tributária sobre consumo é aprovada pela CCJ do Senado com mudanças no texto principal. Expectativa é de votação no plenário.

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, por 20 votos a 6, o texto-base da reforma tributária sobre o consumo nesta terça-feira (7). O relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga acolheu novos pedidos para incluir exceções no texto antes da votação. No total, das 777 emendas apresentadas ao relator, 247 foram acatadas. Entre as mudanças aceitas de última hora, está a inclusão do gás de cozinha no mecanismo de cashback para a população de baixa renda, proposta pelo senador Mecias de Jesus.

Outras mudanças incluídas no relatório são o tratamento diferenciado a clubes de futebol, a inclusão de benefícios para taxistas comprarem veículos e a alíquota zero para medicamentos e dispositivos médicos comprados pelo governo.

Além disso, a reforma prevê ampliar, até 2043, a contribuição sobre exportações de grãos, produtos primários e semielaborados para financiar investimentos locais em infraestrutura na região do Centro-Oeste.

O relator informou que, se aprovada pelo Senado, pedirá novo estudo do Ministério da Fazenda sobre os impactos que a reforma poderá ter, em especial com relação à alíquota sobre o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) – que substituirá os cinco tributos que incidem sobre o consumo.

O senador Eduardo Braga declarou: “Esta é a primeira reforma tributária a ser executada em regime de democracia neste país”. Ele ressaltou que a proposta em discussão representa um grande avanço e que espera que a reforma tributária seja equilibrada para todos os brasileiros, restabelecendo a credibilidade, a confiança e a simplificação do sistema tributário.

Braga destacou que, para cada concessão feita no relatório, houve uma redução de concessão para equilibrar o texto. Ele acrescentou que foram feitas compensações milimetricamente para resolver cada uma das questões.

O relator também se reuniu para discutir os detalhes finais do texto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; com o secretário de Relações Institucionais, Alexandre Padilha e com o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre antes da votação.

Com a avaliação do texto, que agora segue para votação no plenário do Senado, a expectativa é que a reforma tributária traga equilíbrio para todos os brasileiros e ajude a economia a crescer, reduzindo o custo Brasil do ponto de vista tributário.

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