Presidente do Fed de Chicago prevê fim do ciclo de aperto monetário dos EUA com queda sustentada da inflação

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee, concedeu uma entrevista à CNBC em que falou sobre o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos. Segundo Goolsbee, o ciclo de aperto monetário americano terminará quando a inflação estiver em queda sustentada. Ele demonstrou otimismo com o progresso no combate à inflação, destacando que os preços tiveram uma das quedas mais rápidas da história nos últimos meses.

De acordo com o dirigente, ainda é possível conquistar um “pouso suave” nos Estados Unidos, sem um grande ponto de inflexão, como queda brusca da inflação ou uma recessão econômica. Goolsbee ressaltou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) segue muito acima da tendência, mas que há uma desaceleração necessária do mercado de trabalho. Ele frisou que o objetivo primário do Fed é a estabilidade dos preços.

Uma questão levantada por Goolsbee foi o nível elevado dos rendimentos na ponta longa dos Treasuries e a volatilidade dos títulos. Ele alertou que não há como associar o movimento a um aperto das condições financeiras. Segundo Goolsbee, se os juros longos dos Treasuries continuarem elevados por muito tempo, significaria um aperto das condições financeiras e isso seria considerado pelo Fed. No entanto, ele ressaltou que isso não substitui necessariamente o aperto da política monetária.

O presidente do Federal Reserve de Chicago também comentou que existem discordâncias sobre os catalisadores da recente escalada dos Treasuries longos e que o BC americano está monitorando as condições do mercado de títulos. Goolsbee vota nas decisões monetárias do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) deste ano.

Austan Goolsbee demonstrou confiança na capacidade do Fed em lidar com a situação econômica atual e se mostrou otimista em relação ao progresso no combate à inflação nos Estados Unidos. Suas declarações refletem as preocupações e perspectivas das autoridades econômicas americanas em relação à política monetária e suas implicações na economia do país.

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