Os prefeitos do ABC saíram de uma reunião com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na noite de segunda-feira (06/11) com poucas esperanças em relação à infraestrutura da concessionária de energia, Enel. A preocupação dos municípios do ABC é devido aos prejuízos causados pela tempestade de sexta-feira (03/11), que resultou em perdas materiais, como merenda escolar, vacinas e equipamentos públicos ligados à saúde e educação.
Diante disso, o prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), afirmou que os municípios avaliarão a possibilidade de aplicar multas à Enel. Além disso, os prefeitos e o governo do Estado exigem um plano de indenização para os consumidores que foram prejudicados. O prefeito também ressalta que a empresa terá 30 dias para apresentar esse plano de indenização.
A prefeitura de Diadema reforçou a possibilidade de buscar reparação por meio do Procon para os moradores que sofreram prejuízos devido à falta de energia elétrica. Já São Caetano também pretende entrar com uma ação de reparação de danos contra a Enel. A prefeitura informa que 37 trechos de ruas em nove bairros ainda estavam sem energia elétrica até a manhã de terça-feira (07/11).
Por outro lado, a prefeitura de Santo André pretende levar o caso ao Ministério Público devido ao descaso e despreparo das empresas responsáveis. O município contava com 58 logradouros sem energia elétrica na segunda-feira (06/11), e 17 deles ainda estavam sem energia na terça-feira.
Enquanto isso, a prefeitura de São Bernardo afirma que já havia entrado com uma representação no MP-SP contra a Enel, em junho do ano passado. A Enel, segundo a prefeitura de São Bernardo, é campeã de reclamações no Procon da cidade. Mauá e Ribeirão Pires reforçam a importância de procurar o Procon para registrar as queixas relacionadas à Enel, já que a competência de punir e fiscalizar é da agência reguladora.
Diante dos prejuízos causados pela tempestade e da insatisfação dos municípios, a Enel terá que lidar com pressão e possíveis medidas legais devido ao descontentamento dos prefeitos do ABC. A situação evidencia a necessidade de um melhor sistema de resposta às intempéries por parte das concessionárias de energia, bem como a importância de planos de indenização para os consumidores afetados.
