Nunes mencionou a possibilidade de os moradores aceitarem pagar uma “contribuição de melhoria”, o que gerou críticas à gestão. No entanto, o prefeito ressaltou que não haverá uma taxa específica para o aterramento e que a prefeitura poderá ajudar a custear uma parte do serviço, utilizando recursos da Cosip, taxa cobrada na conta de luz em São Paulo. No entanto, o fundo de iluminação para as obras está em R$ 200 milhões, enquanto o gasto para o enterramento na região central é estimado em R$ 20 bilhões.
O objetivo da gestão é enterrar mais de 80 quilômetros de cabos e fios até o próximo ano, e a expectativa é que a medida resulte em economia financeira para a prefeitura, principalmente no serviço de poda e remoção de árvores. Vale ressaltar que a Enel tem sido alvo de críticas e cobranças da prefeitura desde 2020 para que realize poda em mais de 3.600 árvores na cidade.
Nesta terça-feira, a vereadora Luna Zarattini (PT) afirmou que já possui assinaturas suficientes para instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal de São Paulo para investigar a Enel diante do apagão na cidade que já dura mais de 70 horas. Vereadores de oposição e situação estão motivados para instaurar a CPI, que seria uma forma de investigar a atuação da Enel e, ao mesmo tempo, blindar a gestão de Nunes pelos apagões na capital.
Diante desses acontecimentos, a gestão de Ricardo Nunes se vê diante de desafios políticos e administrativos, tendo que lidar com críticas, pressões da população e a necessidade de buscar soluções para a crise energética em São Paulo. A atuação da Enel e a questão do enterramento de cabos e fios se tornaram temas centrais na administração municipal, despertando a atenção da população e do poder legislativo. A cidade aguarda por respostas e ações efetivas para prevenir novos apagões e solucionar os problemas relacionados à distribuição de energia.