Prefeito de São Paulo descarta possibilidade de criar taxa para enterramento de cabos e fios, diante de apagões na cidade.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), fez declarações polêmicas nesta terça-feira (7) em relação ao enterramento dos cabos e fios na cidade. Em uma entrevista à Folha, Nunes afirmou que não haveria possibilidade de criar uma taxa para a população arcar com os custos do enterramento, contrariando as expectativas de especialistas que defendem essa medida como forma de evitar apagões em dias de tempestade. Segundo dados da Enel, São Paulo contabilizava mais de 166 mil imóveis sem energia elétrica no último dia 7.

Nunes mencionou a possibilidade de os moradores aceitarem pagar uma “contribuição de melhoria”, o que gerou críticas à gestão. No entanto, o prefeito ressaltou que não haverá uma taxa específica para o aterramento e que a prefeitura poderá ajudar a custear uma parte do serviço, utilizando recursos da Cosip, taxa cobrada na conta de luz em São Paulo. No entanto, o fundo de iluminação para as obras está em R$ 200 milhões, enquanto o gasto para o enterramento na região central é estimado em R$ 20 bilhões.

O objetivo da gestão é enterrar mais de 80 quilômetros de cabos e fios até o próximo ano, e a expectativa é que a medida resulte em economia financeira para a prefeitura, principalmente no serviço de poda e remoção de árvores. Vale ressaltar que a Enel tem sido alvo de críticas e cobranças da prefeitura desde 2020 para que realize poda em mais de 3.600 árvores na cidade.

Nesta terça-feira, a vereadora Luna Zarattini (PT) afirmou que já possui assinaturas suficientes para instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal de São Paulo para investigar a Enel diante do apagão na cidade que já dura mais de 70 horas. Vereadores de oposição e situação estão motivados para instaurar a CPI, que seria uma forma de investigar a atuação da Enel e, ao mesmo tempo, blindar a gestão de Nunes pelos apagões na capital.

Diante desses acontecimentos, a gestão de Ricardo Nunes se vê diante de desafios políticos e administrativos, tendo que lidar com críticas, pressões da população e a necessidade de buscar soluções para a crise energética em São Paulo. A atuação da Enel e a questão do enterramento de cabos e fios se tornaram temas centrais na administração municipal, despertando a atenção da população e do poder legislativo. A cidade aguarda por respostas e ações efetivas para prevenir novos apagões e solucionar os problemas relacionados à distribuição de energia.

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