Manifestações de moradores sem energia elétrica interditam avenidas e rodovias em São Paulo e região metropolitana

Na noite da última terça-feira (7), São Paulo foi palco de manifestações de moradores que estão enfrentando falta de energia elétrica em seus imóveis. Os protestos provocaram interdições em importantes vias da cidade e região metropolitana, como a avenida Giovanni Gronchi, na região do Morumbi, entre as zonas oeste e sul da capital, e na rodovia Raposo Tavares, em Cotia.

De acordo com informações da concessionária Enel, cerca de 200 mil imóveis na região metropolitana de São Paulo ainda permanecem sem energia elétrica, em decorrência do vendaval e da tempestade que atingiu a região na última sexta-feira (3). Isso significa que residências e comércios enfrentam o segundo dia útil da semana às escuras, causando indignação e prejuízos para a população afetada.

Na avenida Giovanni Gronchi, moradores atearam fogo em objetos na pista, o que resultou na interdição da via. A Polícia Militar acompanhou o protesto, mas não informou se houve confronto ou se iria dispersar os manifestantes.

Já na Raposo Tavares, uma faixa de rolamento da via marginal foi interditada, causando um congestionamento de 5 km. A Polícia Militar Rodoviária acompanhou o ato e negociou com os manifestantes no local. Além disso, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizaram um protesto na sede da Enel, reivindicando ressarcimento aos consumidores prejudicados, retomada imediata do serviço e elaboração de um plano para a temporada de chuvas, além de criticar o corte de pessoal feito pela companhia italiana desde que assumiu a concessão.

A Enel, em sua última atualização, afirmou que o fornecimento de energia havia sido restabelecido para quase 90% dos domicílios afetados e que estava trabalhando para normalizar o fornecimento para quase a totalidade dos clientes até aquela terça-feira, contando com 3.000 funcionários nas ruas para recuperar as redes de energia. Em todo o estado de São Paulo, o número de domicílios afetados após as chuvas chegou a 4,2 milhões.

Além dos problemas relacionados à falta de energia elétrica, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil confirmaram a oitava morte em decorrência das chuvas no estado. A vítima foi atingida por uma árvore na sexta-feira (3) em Ibiúna e não resistiu. Este é um acontecimento extremamente preocupante, que demonstra os efeitos devastadores da intempérie na região.

Portanto, a situação continua crítica e mobiliza a população e as autoridades a buscar soluções para os impactos causados pelo apagão e pelas chuvas, visando garantir a segurança e o restabelecimento da normalidade para os moradores afetados.

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