Repórter São Paulo – SP – Brasil

Guerra entre Israel e Hamas completa um mês com mais de 10 mil mortos, mas sem perspectiva de cessar-fogo

A guerra entre Israel e o Hamas já dura um mês, e até o momento não há perspectiva de fim. Os números são alarmantes: mais de 10 mil palestinos mortos, incluindo 4.104 crianças, na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. Do lado israelense, cerca de 1.400 pessoas perderam a vida, a maioria delas civis, e 240 estão sendo mantidas reféns, de acordo com o governo de Israel. Trata-se do conflito mais grave em 75 anos e do mais intenso enfrentamento entre as duas partes desde o confronto de dez dias ocorrido em 2021.

A comunidade internacional tem acompanhado a escalada da violência no Oriente Médio e tem feito esforços para obter um cessar-fogo, porém, até o momento, sem sucesso. A situação se agravou quando o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra os israelenses no dia 7 de outubro. Por mar, ar e terra, o grupo realizou ações envolvendo ataques a um festival de música, invasão de kibutzim e sequestro de reféns, resultando na morte e ferimento de centenas de civis israelenses.

O Hamas disparou 5 mil foguetes em direção às cidades israelenses, a partir da Faixa de Gaza, como forma de resposta ao bloqueio imposto por Israel aos palestinos há mais de uma década. Além disso, homens armados infiltraram-se em território israelense, rompendo a cerca de arame farpado que separa Gaza e Israel. Em resposta ao ataque surpresa, Israel acionou suas forças de segurança e declarou guerra ao Hamas, dando início à Operação Espadas de Ferro, com intensos bombardeios na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu exterminar o Hamas, afirmando que o grupo “pagará preço sem precedentes”. Desde então,
Israel tem realizado ataques aéreos diários à Gaza, estabelecido um bloqueio total, determinado a evacuação da população local e convocado reservistas. As forças de segurança afirmam ter cercado a cidade de Gaza, intensificando as ações terrestres. Enquanto isso, o Hamas ameaçou executar reféns israelenses a cada novo bombardeio em Gaza e continua realizando contra-ataques a partir de túneis subterrâneos.

A escalada de violência do conflito tem atingido hospitais, escolas e abrigos de refugiados em Gaza, causando a morte e o ferimento de civis, especialmente mulheres e crianças. A região enfrenta uma grave crise humanitária, com falta de água, alimentos, remédios, energia, internet e combustível. Apesar de Israel autorizar a entrada de ajuda humanitária, especialistas argumentam que o volume é insuficiente.

A comunidade internacional tem apelado por um cessar-fogo imediato para que os civis possam receber assistência e serem retirados da região do conflito. O Conselho de Segurança das Nações Unidas, formado pelos EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, tem se reunido para definir uma ação diante do conflito, porém, até o momento não houve consenso. O Brasil, que liderou tentativas de acordo durante seu mandato no Conselho de Segurança das Nações Unidas, teve quatro propostas de resolução rejeitadas.

Israel se recusa a encerrar os bombardeios na Faixa de Gaza e condiciona um cessar-fogo à libertação de todos os reféns pelo Hamas. A pressão internacional continua, mas a guerra persiste, e o número de vítimas e as consequências humanitárias agravam-se a cada dia que passa.

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