Lei transforma Rota do Café em monumento nacional, impulsionando turismo e desenvolvimento econômico.

A Rota do Café, que se estende desde o município de Patrocínio, em Minas Gerais, até o porto de Santos, em São Paulo, foi oficialmente transformada em monumento nacional. A Lei 14.718, de 2023, que estabelece essa designação, foi sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O Projeto de Lei (PL) 2.071/2021, de autoria do deputado federal Diego Andrade (PSD-MG), foi aprovado pela Comissão de Educação e Cultura do Senado no dia 19 de setembro. Com relatoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o projeto recebeu decisão terminativa e seguiu para sanção presidencial.

A Rota do Café abrange diversos municípios mineiros, como Patos de Minas, Araxá, Formiga, Santana da Vargem, Varginha, Três Corações, São Lourenço e Santa Rita do Sapucaí. Além disso, a rota também atravessa o município de São Paulo antes de chegar ao porto de Santos.

Em sua justificativa para o projeto de lei, o deputado Diego Andrade destacou a importância histórica da Rota do Café. Ele ressaltou que, após a decadência do Ciclo do Ouro no final do século 18, as plantações de café do Rio de Janeiro se expandiram para Minas Gerais. Inicialmente concentradas na Zona da Mata, as lavouras de café se espalharam até se tornarem a principal atividade da Província de Minas Gerais durante o Brasil Império.

Durante os séculos 19 e 20, o trajeto definido no projeto de lei se tornou a Rota do Café, sendo o caminho utilizado para escoar a produção até o porto de Santos. O transporte do café era uma tarefa árdua e custosa, prejudicando os produtores. No entanto, a prosperidade gerada pelo café impulsionou o desenvolvimento da região, com políticas governamentais favoráveis à produção implementadas após a Proclamação da República.

O senador Nelsinho Trad destacou que a transformação da Rota do Café em monumento nacional é um resgate histórico e cultural importante. Além disso, ele acredita que essa iniciativa impulsionará o desenvolvimento econômico, gerando renda e emprego ao longo do percurso.

Dessa forma, a Rota do Café se torna não apenas um marco histórico, mas também um atrativo turístico e um incentivo ao desenvolvimento regional. A designação de monumento nacional reforça a importância desse caminho para a história do Brasil, valorizando a cultura cafeeira e a sua contribuição para o país.

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