Fronteira entre Faixa de Gaza e Egito é reaberta após fechamento por bombardeio a ambulâncias

Após dois dias de fechamento, a fronteira que conecta a Faixa de Gaza ao Egito foi reaberta nesta segunda-feira (6), de acordo com o Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia. A fronteira de Rafah havia sido fechada após um ataque israelense a ambulâncias que estavam sendo usadas para transportar feridos.

Segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, foram autorizados a passar pela fronteira os estrangeiros e os feridos que já estavam nas listas anteriores. No entanto, novas listas de estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza não foram divulgadas nos últimos dois dias.

“Agora estamos aguardando que os brasileiros sejam incluídos na lista de autorizados”, disse o embaixador. A última lista divulgada, no sábado (4), continha o nome de 599 estrangeiros, incluindo 386 com passaporte dos Estados Unidos, 112 do Reino Unido, 51 da França e 50 da Alemanha.

Esse foi o quarto grupo de estrangeiros ou residentes com dupla cidadania autorizado pelas autoridades egípcias e israelenses, com o consentimento do governo dos Estados Unidos, a entrar no território egípcio.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, conversou na última sexta-feira (3) com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen. Segundo Vieira, o ministro israelense garantiu que até quarta-feira (8) os brasileiros na Faixa de Gaza seriam autorizados a passar pela fronteira com o Egito.

Um grupo de 34 brasileiros aguarda autorização para deixar Gaza desde o início dos conflitos. Eles estão divididos entre as cidades de Rafah e Kahn Yunis, no sul do enclave palestino. O brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, relatou nesta segunda-feira (6) que está enfrentando dificuldades para encontrar comida e que não há água potável disponível. Além disso, os alimentos estão sendo cozidos em fogões a lenha.

“A situação está piorando a cada dia. A água não é mineral, estamos bebendo água encanada. Hoje faz 31 dias que estamos sem energia. Além da guerra e dos bombardeios, outra dificuldade é encontrar comida. Muitas pessoas estão passando fome”, afirmou Hasan.

A reabertura da fronteira traz alívio para aqueles que aguardam para deixar Gaza e buscar segurança em outros países. No entanto, a situação humanitária na região continua preocupante, com escassez de comida, água potável e energia elétrica. A comunidade internacional precisa continuar a fornecer apoio e assistência para garantir o bem-estar dos habitantes de Gaza.

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