Escola atacada em São Paulo retoma atividades com baixa presença de alunos após duas semanas

Na manhã desta segunda-feira (6), a Escola Estadual Sapopemba, localizada na zona leste de São Paulo, retomou suas atividades, duas semanas após ter sido alvo de um ataque armado. Porém, apenas cerca de 20 estudantes compareceram à unidade, que possui quase 2.000 alunos matriculados.

De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, as atividades foram retomadas somente para alunos de três turmas do ensino médio. A partir desta semana, serão promovidas ações de acolhimento com a presença de psicólogos, visando proporcionar suporte emocional aos alunos.

O ataque ocorreu no dia 23 de outubro, quando um aluno de 16 anos entrou armado na escola e matou Giovanna Bezerra, de 17 anos, além de ferir outras duas estudantes, que já receberam alta no mesmo dia. A mãe de uma das vítimas acompanhou a filha no retorno à escola e relatou que, após conversarem com os psicólogos e a direção da unidade, se sentiram mais seguras e acolhidas.

A retomada das aulas regulares está prevista apenas para a próxima segunda-feira (13). Durante esta semana, serão realizadas rodas de conversa e apresentações artísticas, como dança, teatro e música. A Secretaria da Educação informou que uma equipe de psicólogos, juntamente com profissionais do Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), estarão na unidade oferecendo atendimentos individuais e coletivos.

Além disso, as unidades de saúde do município estão disponíveis para atender alunos, funcionários, professores e familiares. Como medida de segurança, o policiamento em frente à escola foi reforçado e uma viatura da Polícia Militar permaneceu no local durante toda a manhã. O governo Tarcísio de Freitas também contratou um segurança privado para atuar no interior da unidade.

O ocorrido na Escola Estadual Sapopemba levanta debates sobre a segurança nas escolas e a necessidade de oferecer suporte emocional aos estudantes após episódios de violência. A retomada das atividades é um passo importante para a recuperação da comunidade escolar, porém, é necessário investir em medidas preventivas e políticas de segurança que garantam a proteção de todos os alunos e funcionários.

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