Repórter São Paulo – SP – Brasil

Condomínios em São Paulo enfrentam falta de energia e água potável após tempestade de 72 horas

Mais de 72 horas depois do apagão que deixou cerca de 500 mil endereços sem energia em São Paulo, condomínios começam a adotar medidas para amenizar a falta de água. De acordo com a reportagem, algumas administradoras já estão entregando garrafas de água potável para os moradores e liberando o uso da água da piscina para a descarga dos vasos sanitários.

Além disso, os moradores estão se mobilizando para ajudar uns aos outros durante essa situação difícil. Eles estão prestando assistência a idosos e se unindo para cobrar soluções para os problemas crônicos na estrutura de energia elétrica e na falta de água na região.

Os efeitos do apagão foram graves, com sete pessoas mortas e 4,2 milhões de domicílios sem energia elétrica devido às chuvas e rajadas de vento que atingiram diversas regiões da capital paulista na última sexta-feira. Segundo a Enel, empresa responsável pela administração dos serviços, a previsão é de que o fornecimento de energia seja completamente restabelecido nesta terça-feira.

Em um condomínio na zona oeste de São Paulo, os moradores foram informados de que a energia havia sido restabelecida em alguns locais do bairro, mas continuaram enfrentando a falta de água nas torneiras. A administração decidiu distribuir garrafas de água potável, mas também liberou o uso da água da piscina para os moradores utilizarem na descarga dos vasos sanitários.

Como o condomínio não possui geradores de energia e já tem mais de 40 anos, medidas emergenciais foram adotadas para suprir a falta de água. Baldes são utilizados para transportar a água da piscina até os apartamentos dos moradores.

Outros bairros também foram afetados pelo apagão, como a região do Parque Previdência, onde os ventos fortes e as chuvas agravaram um problema histórico de falta de energia devido à fiação antiga. Moradores também relatam a falta de água e cobram soluções para os problemas infraestruturais dos bairros.

Na zona leste da capital, uma professora universitária relata que a energia foi restabelecida apenas nesta segunda-feira, após dias de ruas escuras e mercados vazios. Ela destaca a importância de a cidade estar preparada para eventos climáticos cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas.

Moradores de bairros próximos também estão preocupados com a falta de previsão para o retorno da energia. Uma gerente de marketing reclama que prédios em bairros mais nobres já tiveram a energia restabelecida, enquanto no seu condomínio, com cerca de 200 apartamentos, tudo continua apagado.

Diante de toda essa situação, fica evidente a necessidade de investimentos em infraestrutura e prevenção para evitar que eventos climáticos causem tantos estragos e transtornos no futuro. É preciso garantir um fornecimento de energia estável e a disponibilidade de água para todos os cidadãos, independentemente de onde eles moram.

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