Tudo começou quando Cláudia e Johnny se conheceram na escola. Ela era uma adolescente de 13 anos e ele tinha 18. Entre olhares trocados e encontros casuais, nasceu uma cumplicidade que duraria para sempre. O namoro dos dois foi tão sério que Cláudia o convidou para passar o Natal em sua casa e participar das tradições familiares, como encenar um teatrinho em família.
Apesar da juventude, o relacionamento dos dois durou até que Cláudia completasse 16 anos. Cada um seguiu seu caminho, casou-se e teve filhos. O destino, no entanto, os uniu novamente oito anos depois. Eles se encontraram por acaso em uma casa noturna de Campinas e o amor reascendeu. Os dois se casaram na mesma igreja em que foram batizados e tiveram duas filhas juntos, Mariana e Patrícia.
Uma paixão em comum marcou a vida do casal: a motocicleta. Eles adoravam viajar juntos, muitas vezes com as filhas na garupa. Cláudia, que inicialmente havia começado um curso de administração de empresas, decidiu deixar sua carreira de lado para cuidar das filhas. Ela também era uma ótima cozinheira e cultivava várias plantas no quintal de sua casa.
Quando as filhas cresceram, Cláudia decidiu voltar a trabalhar e estava ingressando em uma nova carreira de corretora de imóveis quando foi diagnosticada com câncer no cérebro. Durante dois anos, ela lutou contra a doença, passou por cirurgias e enfrentou uma batalha judicial contra sua operadora de plano de saúde para obter um medicamento essencial para seu tratamento. A história comoveu muitas pessoas e até mesmo o juiz concedeu uma vitória a favor de Cláudia.
Apesar das dificuldades, Cláudia sempre foi uma pessoa apaixonada pela vida. Ela gostava de assistir filmes românticos e ouvir cantores dos anos 1980, como Tetê Espíndola. Sua morte deixou um vazio na vida de sua família e deixou para trás três filhos.
A história de Cláudia Cardoso Ramos é um exemplo de força e amor, um lembrete de que devemos valorizar cada momento ao lado das pessoas que amamos. Sua memória será sempre lembrada por aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-la.
