As instalações e estações elevatórias da Sabesp foram paralisadas devido à falta de energia, o que gerou impacto no nível dos reservatórios e, consequentemente, no abastecimento de água em diversas áreas. Moradores e comerciantes da cidade estão enfrentando dificuldades por conta dessa situação, como é o caso de Alessandro Alves, dono de uma barbearia na Vila Clementino. Ele relata que a água acabou na sexta-feira e, no dia seguinte, nem uma gota estava disponível para trabalhar. Segundo Alves, a pressão da água que voltou está instável, o que dificulta seu trabalho e gera um prejuízo financeiro considerável.
Alves também aponta a falta de preparo da cidade para lidar com mudanças climáticas e critica a falta de manutenção das árvores, que contribuíram para a queda de energia. Ana Paula Pepe, uma psicóloga moradora da Vila Mariana, está enfrentando o mesmo problema. O prédio em que ela reside está sem água e luz, e a previsão é de que a água da caixa se esgote nesta segunda-feira (6). Ana ressalta a falta de integração entre os sistemas público e privado, afirmando que eles deveriam atuar de forma coordenada pela prefeitura.
Além disso, a falta de energia também causou prejuízos pessoais, como é o caso da família de Ana, que teve uma medicação que precisa de refrigeração perdida, resultando em um prejuízo de R$ 2.000. Eles solicitaram o ressarcimento à Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia, mas ainda não obtiveram resposta.
A Sabesp afirmou que está mobilizando equipes e trabalhando em conjunto com as concessionárias de energia para restabelecer todas as instalações o mais rápido possível, além de adotar medidas operacionais para amenizar a situação. Em alguns municípios e bairros, o fornecimento de energia já foi restabelecido e os reservatórios estão em recuperação. No entanto, o retorno da água aos imóveis ocorrerá de forma gradual, sendo recomendável o uso consciente e a priorização da água para higiene e alimentação até que a normalização total do sistema seja alcançada.