Fortes chuvas deixam mais de 2 milhões de pessoas sem energia em São Paulo

No último dia 3 de novembro, a cidade de São Paulo foi atingida por uma forte chuva acompanhada de rajadas de vento, deixando pelo menos 2,1 milhões de pessoas sem energia elétrica. A Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia na capital paulista e em 23 municípios da região metropolitana, registrou esse número preliminar de clientes afetados, sendo que 600 mil usuários já tiveram o serviço restabelecido.

Na cidade de São Paulo, 1,4 milhão de pessoas ficaram sem luz, sendo que 400 mil já tiveram o serviço retomado. A previsão da Enel é que até a próxima terça-feira, dia 7, toda a rede esteja plenamente restabelecida. Inclusive, em 84 das 308 escolas que vão receber o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo, foram registrados problemas de fornecimento de energia elétrica. Nesses casos, a concessionária está mobilizando geradores para garantir que a realização das provas não seja prejudicada.

O prefeito Ricardo Nunes classificou o ocorrido como um desafio provocado pelas mudanças climáticas. Em coletiva de imprensa na sede da Enel, ele informou que 618 chamados foram realizados para a área de iluminação pública, sendo que 133 ainda estão em aberto e 99 aguardam atendimento. Além disso, o trabalho de corte de árvores é realizado por 1.470 profissionais, um número superior aos 300 inicialmente envolvidos. No momento, 247 semáforos seguem apagados por falta de energia e 20 por falhas nos equipamentos.

Além dos problemas de energia elétrica, a cidade de São Paulo também enfrentou uma série de transtornos causados pelos temporais e rajadas de vento. Segundo a Defesa Civil estadual, a velocidade dos ventos chegou a 151 km/h em Santos, sendo que na capital paulista, as rajadas alcançaram 103,7 km/h, o maior registro dos últimos cinco anos. Esses eventos climáticos deixaram um saldo de seis pessoas mortas, sendo que quatro delas foram vítimas da queda de árvores.

Outro impacto causado pela queda de energia foi a interrupção do fornecimento de água. A Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, pediu aos consumidores que economizem água até que a situação se normalize. A falta de energia ocasionou a paralisação de diversas instalações e estações elevatórias, reduzindo o nível dos reservatórios da companhia. Os pontos mais críticos com relação ao abastecimento de água estão localizados nas regiões de Americanópolis, São Mateus, Itaquera, Vila Mariana, Vila Clara, Santa Etelvina, Guaianases, Cidade Tiradentes, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Jardim Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Morumbi e Capão Redondo, além de alguns municípios da Grande São Paulo.

Diante desse cenário de caos provocado pelas fortes chuvas e ventos, autoridades e empresas estão se mobilizando para minimizar os impactos e recuperar a normalidade o mais rápido possível. A prefeitura, juntamente com a Enel, está trabalhando intensamente para restabelecer o serviço de energia elétrica e solucionar as demandas da população afetada. O mesmo ocorre com a Sabesp, que busca normalizar o abastecimento de água nos locais mais críticos. A expectativa é que, em breve, a cidade de São Paulo volte a funcionar plenamente e a população possa retomar suas atividades cotidianas.

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