É importante ressaltar, no entanto, que esses números ainda não são oficiais, uma vez que a metodologia utilizada para aferir essas medições exige a realização de duas medidas consecutivas, sendo que a segunda ainda não foi concluída. Ainda assim, ao menos 30 municípios do estado relataram a queda de árvores decorrente dos fortes ventos.
Infelizmente, as chuvas também resultaram em três mortes. Em Osasco, na região oeste da Grande São Paulo, um jovem de 21 anos perdeu a vida após ser atingido por um muro que desabou. Em Santo André, no Grande ABC, outra morte ocorreu quando parte de um muro de um prédio em construção desmoronou, atingindo um homem que não resistiu aos ferimentos. Além disso, uma pessoa foi atingida pelos escombros e encaminhada para o Centro Hospitalar Municipal (CHM). Em Limeira, interior do estado, uma pessoa também morreu após ser atingida por um muro que desabou.
Roberto Farina, capitão da Defesa Civil de São Paulo, ressalta que episódios climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes, e o fenômeno El Niño tem contribuído para essas alterações. Ele destaca que, tradicionalmente, as chuvas mais intensas durante o verão costumavam ocorrer nos meses de dezembro e janeiro, mas as mudanças climáticas têm afetado essa dinâmica.
A Defesa Civil está em constante trabalho para desenvolver metodologias e criar mecanismos de alerta para a população, visando à redução dos riscos e à prevenção de situações perigosas. Para isso, é fundamental o investimento em tecnologia e equipamentos meteorológicos, que permitem um maior planejamento e a formulação de estratégias que possam salvar vidas em momentos de calamidade pública.
É importante que os cidadãos tenham consciência dos riscos relacionados a eventos climáticos extremos e evitem expor-se a situações perigosas. O compartilhamento de informações e a cooperação entre os órgãos responsáveis e a população são fundamentais para minimizar os impactos causados por esses fenômenos da natureza.