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Servidores do Inep exigem valorização em ato às vésperas do Enem 2023

No dia de hoje, servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela organização do Enem, realizaram um ato na Esplanada dos Ministérios em busca de valorização da categoria. Esses servidores, ligados ao Ministério da Educação (MEC), têm lutado há anos por melhorias nas carreiras técnicas. Segundo eles, o órgão tem enfrentado um aumento em suas atribuições sem a devida expansão do quadro de funcionários e sem valorização das condições de trabalho, o que tem causado um esvaziamento do instituto.

O ato ocorreu em frente ao Ministério da Gestão e Inovação e contou com a participação de cerca de 50 servidores, de acordo com os organizadores. O objetivo da manifestação era pressionar o governo, aproveitando o momento próximo à realização do Enem, que é o principal exame realizado pelo Inep.

No entanto, os servidores afirmam que não pretendem boicotar a prova e não há decisão sobre uma possível paralisação. O Enem está previsto para iniciar neste domingo (5) e conta com a expectativa de 3,9 milhões de inscritos.

Márcio Lima, presidente da Associação de Servidores do Inep (Assinep), destaca que muitos colegas estão há três anos sem condições de progressão na carreira e aponta para a redução gradual do quadro de servidores em contraste com o aumento das atribuições do órgão. Ele ressalta que, mesmo diante dessa situação, a equipe continuará desempenhando seu trabalho, cientes de que o governo não tem cumprido com sua parte.

Os servidores reivindicam ao Ministério de Gestão uma alteração em um decreto que regulamenta a carreira. Até o momento, tanto o Inep quanto o Ministério da Gestão não responderam aos questionamentos relacionados a essa demanda.

Além disso, a Associação destaca que desde 2016, o Inep tem aplicado punições salariais de forma ilegal a pesquisadores que concluíram mestrado e doutorado nesse período, mesmo após manifestações jurídicas contrárias. Segundo a associação, a capacitação é um critério de progressão na carreira, mas aqueles que buscam se capacitar acabam sendo prejudicados, o que cria uma contradição.

Atualmente, o Inep conta com aproximadamente 400 funcionários em atividade, porém, mais de 200 cargos de pesquisador estão vagos. A associação argumenta que isso ocorre devido aos baixos salários oferecidos, o que tende a aumentar a evasão de profissionais.

O ato teve início às 10h e foi encerrado às 12h. Os servidores continuam na expectativa de que suas reivindicações sejam atendidas, visando a valorização da categoria e a melhoria das condições de trabalho no Inep.

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