O ato ocorreu em frente ao Ministério da Gestão e Inovação e contou com a participação de cerca de 50 servidores, de acordo com os organizadores. O objetivo da manifestação era pressionar o governo, aproveitando o momento próximo à realização do Enem, que é o principal exame realizado pelo Inep.
No entanto, os servidores afirmam que não pretendem boicotar a prova e não há decisão sobre uma possível paralisação. O Enem está previsto para iniciar neste domingo (5) e conta com a expectativa de 3,9 milhões de inscritos.
Márcio Lima, presidente da Associação de Servidores do Inep (Assinep), destaca que muitos colegas estão há três anos sem condições de progressão na carreira e aponta para a redução gradual do quadro de servidores em contraste com o aumento das atribuições do órgão. Ele ressalta que, mesmo diante dessa situação, a equipe continuará desempenhando seu trabalho, cientes de que o governo não tem cumprido com sua parte.
Os servidores reivindicam ao Ministério de Gestão uma alteração em um decreto que regulamenta a carreira. Até o momento, tanto o Inep quanto o Ministério da Gestão não responderam aos questionamentos relacionados a essa demanda.
Além disso, a Associação destaca que desde 2016, o Inep tem aplicado punições salariais de forma ilegal a pesquisadores que concluíram mestrado e doutorado nesse período, mesmo após manifestações jurídicas contrárias. Segundo a associação, a capacitação é um critério de progressão na carreira, mas aqueles que buscam se capacitar acabam sendo prejudicados, o que cria uma contradição.
Atualmente, o Inep conta com aproximadamente 400 funcionários em atividade, porém, mais de 200 cargos de pesquisador estão vagos. A associação argumenta que isso ocorre devido aos baixos salários oferecidos, o que tende a aumentar a evasão de profissionais.
O ato teve início às 10h e foi encerrado às 12h. Os servidores continuam na expectativa de que suas reivindicações sejam atendidas, visando a valorização da categoria e a melhoria das condições de trabalho no Inep.