O alerta vermelho é o grau de risco mais elevado e revela grande perigo de ocorrências, como danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário.
Desde a quinta-feira (2), com a intensificação da pressão atmosférica (alta pressão no oceano e baixa pressão se aprofundando no continente), os ventos aumentaram de intensidade na parte leste do estado e, principalmente, no litoral do Rio Grande do Sul.
O alerta do Inmet é que as rajadas de vento podem ficar acima de 80 quilômetros horários (km/h), eventualmente passando de 100 km/h no litoral sul do estado entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado. E há possibilidade de queda de granizo.
A meteorologista do Inmet, Dayse Moraes, fez a previsão do tempo. “A frente fria vai se formar no decorrer dessa sexta-feira, ainda causando bastante estabilidade provocando bastante chuva, com volume ainda acima de 100 mm pontualmente, podendo ocorrer entre norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Essa frente fria avançará rapidamente, mas, ainda, poderá provocar bastante chuvas, com pancadas de chuva, podendo vir acompanhada de raios e rajadas de vento. E não se descarta que, pontualmente, também ocorra a queda de granizo.”
O novo ciclone extratropical, que avança rapidamente pelo sul do país, está associado a uma frente fria no litoral entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul. Com isso, uma massa de ar frio derrubará de forma acentuada as temperaturas entre a sexta-feira e a madrugada de domingo (5).
A previsão indica temperaturas mínimas em torno de 5°C a 8°C nas áreas mais frias do sul do Rio Grande do Sul e de 2°C a 5°C nas áreas mais altas do planalto gaúcho e catarinense e no extremo sul do Paraná, regiões com chance de geada fraca, durante o amanhecer de domingo.
Neste momento de tempestade, é importante tomar algumas medidas de precaução. A orientação é desligar os aparelhos elétricos e o quadro geral de energia, para evitar danos causados por variações e curtos na rede elétrica. Além disso, em casos de enxurradas ou enchentes, documentos importantes e objetos de valor devem ser colocados em sacos plásticos. Em situações de grande perigo confirmada, é recomendado procurar abrigo e evitar permanecer ao ar livre. Também é importante ficar alerta para os riscos de queda de árvores, galhos e raios.
Para identificar áreas de risco, é necessário observar características como relevo e vegetação. Alterações nas encostas e terrenos, como inclinação anormal de árvores, postes, água minando da base do barranco ou muros estufados, podem indicar situações de perigo. Sinais como trincas nas paredes, paredes estufadas com ou sem infiltrações, queda de reboco, estalos, portas e janelas emperrando, rachaduras no solo e água empoçada no quintal podem indicar possibilidades de desabamento de imóveis.
Caso precise receber alertas de desastres por WhatsApp, é possível se cadastrar pelo telefone (61) 2034-4611 e interagir com o chatbot, enviando um “Oi”. Após a primeira interação, o usuário poderá compartilhar sua localização atual ou escolher qualquer outra de seu interesse e passará a receber mensagens encaminhadas pelos órgãos de defesa civil locais. Outra opção é enviar o CEP ou digitar o nome do município e enviar ao número acima. Para mais informações e orientações, os telefones da Defesa Civil (199) e do Corpo de Bombeiros (193) estão disponíveis, assim como as redes sociais do Instituto Nacional de Meteorologia.
