Recuperadas mais duas metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em operação conjunta no Rio de Janeiro. Total de armas furtadas reduz para 2.

No Rio de Janeiro, durante a madrugada desta quarta-feira (1º), mais duas metralhadoras calibre .50 do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, foram recuperadas. Com isso, já foram localizadas 19 das 21 armas furtadas do quartel. A operação para a recuperação das armas ocorreu em conjunto com o Comando Militar do Sudeste (CMSE) e a Polícia Civil fluminense.

Até o momento, oito armas foram encontradas no Rio de Janeiro e nove em São Paulo. Além das metralhadoras do Exército, também foi apreendido um fuzil calibre 7,62 mm cuja origem está sendo investigada.

O Comando Militar do Sudeste informou que os detalhes da operação serão divulgados em um pronunciamento nesta quarta-feira, às 14h. Em nota oficial, o Exército classificou o episódio como inaceitável e garantiu que continuará envidando todos os esforços necessários para a recuperação de todo o armamento e responsabilização dos envolvidos.

Até o momento, a Justiça Militar já recebeu um pedido de prisão preventiva de seis militares suspeitos de envolvimento com o furto. No âmbito administrativo, outros 19 militares foram punidos com prisão disciplinar de até 20 dias por omissão ou negligência no trabalho de fiscalizar e controlar as armas.

A investigação do caso indica que o furto provavelmente aconteceu no feriado de 7 de Setembro, quando o quartel estava muito movimentado devido ao desfile do Dia da Independência. O desaparecimento das armas só foi percebido no dia 10 de outubro, e o Inquérito Policial Militar (IPM) foi iniciado no dia seguinte. O prazo para conclusão do IPM é de 40 dias, prorrogáveis por mais 20.

A principal linha de investigação aponta que os suspeitos tinham conhecimento detalhado do funcionamento do setor onde as armas estavam guardadas, o que permitiu o planejamento minucioso do furto. Os criminosos desligaram o quadro de energia do setor, o que desativou o alarme e as câmeras de segurança. Acredita-se que foi nesse momento que as armas foram furtadas. Após o furto, a energia foi religada.

Um dos suspeitos é um cabo que trabalhava como motorista do diretor do quartel. O militar teria utilizado o carro oficial do Exército para transportar as metralhadoras. Além disso, a perícia identificou impressões digitais de militares não autorizados na área restrita, o que reforçou o pedido de prisão preventiva feito pelo Exército.

As autoridades esperam que a quebra de sigilo dos suspeitos revele troca de mensagens e depósitos bancários que possam esclarecer o planejamento e a receptação das armas. Uma das hipóteses é que os militares tenham sido aliciados por facções criminosas fora do quartel. A investigação continua em andamento.

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