Segundo o presidente da Abras, João Galassi, a proposta de reforma tributária prevê a criação de duas cestas básicas: uma isenta e outra com desconto de 60%, mais o cashback. Galassi enfatizou que, na visão da Abras, a isenção total da cesta básica seria muito mais eficiente como forma de distribuição de renda do que o cashback. No entanto, a entidade não se opõe à inclusão desse benefício na cesta básica estendida.
O presidente da Abras ressaltou que o cashback não é o melhor instrumento de política social, uma vez que não atende a parcela da população mais vulnerável. Além disso, ele alertou para o possível aumento dos preços dos produtos, como carne e hortifruti, devido ao aumento da carga tributária.
No entanto, Galassi reconheceu que, diante da decisão do Congresso de incluir o cashback na cesta estendida, é importante garantir que a devolução dos tributos seja direcionada para o consumo de alimentos. A associação apoia a proposta apresentada no relatório e acredita que durante o debate das leis complementares será possível alcançar uma redução na carga tributária da cesta básica.
O presidente da Abras destacou a importância de levar em conta a alíquota do imposto sobre o valor agregado (IVA) e a composição dos itens das cestas na definição da carga tributária. Ele citou o exemplo da carne bovina, que poderá ter redução de impostos se estiver na cesta isenta, mas terá aumento de 30% se estiver na cesta ampliada.
Segundo Rodrigo Segurado, vice-presidente de Ativos Setoriais da Abras, a reforma tributária é fundamental para financiar o Estado e o país enfrenta o desafio de combater a fome. Ele ressaltou que é preciso destinar recursos para distribuir alimentos e destacou a importância da cesta básica isenta, incluída no texto aprovado na Câmara dos Deputados e validada pelo Senado.
Em resumo, a proposta de reforma tributária conta com o apoio da Abras, que concorda com o relatório do senador Eduardo Braga. A entidade destaca a importância de ter cautela na aplicação do cashback na cesta básica e defende a isenção total como forma de melhor distribuição de renda. A associação também ressalta a necessidade de levar em conta a alíquota do IVA e a composição dos itens nas cestas para evitar aumento da carga tributária. Por fim, a Abras destaca a importância de combater a fome e destinar recursos para distribuir alimentos.
