Vereadores discutem a implantação da Vila Reencontro e outros assuntos na última Sessão Plenária de outubro em São Paulo.

Na última terça-feira (31/10), a Câmara Municipal de São Paulo realizou sua Sessão Plenária mensal, onde os vereadores debateram diversos temas de relevância. A sessão foi conduzida pelo 2º vice-presidente da Casa, vereador André Santos (REPUBLICANOS).

Um dos assuntos discutidos foi a assistência social, mais especificamente o programa Vila Reencontro, da Prefeitura de São Paulo, que oferece moradia transitória para pessoas em situação de rua. Diversos vereadores falaram sobre a importância do programa, assim como a definição dos locais onde as vilas estão sendo implantadas.

O vereador André Santos destacou que tem ouvido boas referências sobre o serviço oferecido pelo município, mas também ressaltou a preocupação dos moradores em relação aos locais escolhidos para receber as Vilas. Segundo ele, é necessário uma ampla discussão com os moradores e com a própria Câmara Municipal antes de definir os locais.

O vereador Senival Moura (PT) contou que foi convidado por moradores da região do Jardim São Pedro, em Itaquera, zona leste da cidade, para uma reunião. De acordo com Senival, a população do local é contra a instalação de uma Vila Reencontro na Praça Bom Pastor, o que foi confirmado por um abaixo-assinado com mais de 10 mil assinaturas. O vereador ressaltou o uso da praça pela população e a importância de ouvir a população antes de tomar decisões.

A vereadora Dra. Sandra Tadeu (UNIÃO) também participou do debate e destacou que tem levado as demandas da população para a Prefeitura. Ela reconheceu a importância do programa Vila Reencontro para as famílias que precisam de abrigo temporário e tem dialogado com os secretários municipais responsáveis pelos projetos das Vilas.

Já a vereadora Sandra Santana (PSDB) reiterou a importância do diálogo para definir o espaço adequado para a implantação das Vilas Reencontro. Ela aproveitou a oportunidade para esclarecer que o programa não é uma tentativa de “levar a Cracolândia para nenhum lugar”, mas sim uma forma de assistência social.

Outro assunto abordado durante a sessão foi o envelhecimento da população brasileira, conforme indicadores do IBGE. O vereador Eli Corrêa (UNIÃO) destacou que as pessoas com 65 anos ou mais já representam 10,9% da população brasileira, ou seja, cerca de 22 milhões de pessoas. Ele ressaltou que esse é o maior percentual desde o primeiro recenseamento realizado no país e alertou para os impactos dessa mudança demográfica, como a redução da mão de obra jovem e a necessidade de recursos para a aposentadoria.

O Orçamento da cidade de São Paulo para 2024 também foi discutido durante a sessão. A vereadora Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) demonstrou preocupação com a falta de previsão de obras para a contenção de enchentes na zona leste da cidade, além de questionar a destinação de recursos para o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas.

A privatização da Sabesp também foi tema de debate. O vereador Hélio Rodrigues (PT) ressaltou a importância da Comissão Especial de Estudos da Câmara, que analisará a possível concessão da Companhia para a iniciativa privada. Ele ressaltou a necessidade de garantir vantagens para o município de São Paulo nessa concessão.

A próxima Sessão Plenária está marcada para esta quarta-feira (1/11), às 15h, e será transmitida ao vivo pelo Portal da Câmara, pelo canal Câmara São Paulo no YouTube e pela TV Câmara São Paulo.

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