Kajuru enfatizou que muitos estão utilizando registros de violência como pretexto para atacar o governo federal, sem considerar que a segurança pública é uma responsabilidade primordial dos estados. Ele argumenta que estão tentando atribuir ao Executivo federal toda a carga de responsabilidade pelas ações desabusadas das facções criminosas.
Uma das críticas direcionadas ao governo é direcionada ao ministro da Justiça, Flávio Dino, a quem acusam de não estar preparado para enfrentar a situação. Kajuru defende o ministro, afirmando que Dino possui uma reputação irrepreensível, nunca tendo recebido uma denúncia sequer enquanto exercia as funções de juiz federal e governador do Maranhão. Para o senador, o ministro está sendo atacado devido à sua gestão da crise dos ataques aos três Poderes em 8 de janeiro, à sua postura frente aos garimpeiros ilegais na reserva Yanomami, às decisões tomadas para conter a violência nas escolas, além das medidas conjuntas com outros estados na área da segurança pública.
Outro aspecto questionado por Kajuru é a intenção de algumas legendas partidárias de dividir o Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas. Para ele, essa separação é injustificável e não condiz com a tradição política e administrativa do país. Além disso, separar segurança pública da justiça não faz sentido, pois ambas estão intrinsecamente ligadas. Para o senador, é claro que o governo federal deve desempenhar um papel ativo no combate à violência e ao crime organizado, dentro dos limites estabelecidos pela Constituição, evitando a adoção da Garantia da Lei e da Ordem, conforme ressaltou o presidente Lula, e sem colocar militares em confronto direto com os criminosos.
Em resumo, o senador Kajuru critica a análise equivocada e covarde da crise na segurança pública brasileira, argumentando que o governo federal não pode ser o único responsabilizado por essa situação. Ele defende o ministro Flávio Dino e sua gestão, além de se opor à separação do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Para Kajuru, é fundamental que o governo federal atue ativamente no combate à violência e ao crime organizado, dentro dos limites constitucionais e sem recorrer ao confronto armado.