De acordo com Mercadante, os Estados Unidos estão investindo um grande montante na transição energética, cerca de US$ 383 bilhões, além de outros US$ 280 bilhões em investimentos para atrair a instalação de indústrias de microprocessadores. Ele ressaltou que a Europa está investindo 806 bilhões de euros em sua economia, o que mostra que essas potências estão cuidando de seu próprio desenvolvimento e reindustrialização.
O presidente do BNDES enfatizou que há uma diferença entre o que essas potências praticam e o que pregam para países em desenvolvimento. Ele criticou a agenda neoliberal de Estado mínimo e afirmou que, se o Brasil seguir essa cartilha, perderá a oportunidade única que está sendo apresentada. Mercadante ressaltou a importância do BNDES na viabilização de investimentos públicos e parcerias público-privadas, que são fundamentais para o progresso do país.
Ele também destacou que o Brasil possui pontos favoráveis, como estabilidade e paz, mesmo em meio a um contexto de conflitos no mundo. Esses aspectos podem atrair investimentos para o país.
Mercadante mencionou ainda o crescimento da demanda de crédito na Amazônia e ressaltou que o desembolso para a região está acima da média nacional. Ele informou sobre uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento para investimentos de R$ 4,5 bilhões na região. Além disso, o presidente do BNDES mencionou a Coalizão Verde, iniciativa lançada em agosto durante a Cúpula da Amazônia, que visa promover o desenvolvimento sustentável na região amazônica. A expectativa é alcançar R$ 100 bilhões de investimentos com a Coalizão Verde, incluindo investimentos externos.
Em resumo, Aloizio Mercadante defendeu que o Brasil siga o exemplo dos Estados Unidos e Europa no que diz respeito a investimentos e financiamentos públicos para promover a reindustrialização e facilitar a transição energética. Ele ressaltou a importância do BNDES nesse processo e destacou os pontos favoráveis do Brasil, como estabilidade e paz, para atrair investimentos. Mercadante também mencionou o crescimento da demanda de crédito na Amazônia e a iniciativa da Coalizão Verde para promover o desenvolvimento sustentável na região.