Ministro da Justiça reafirma que Forças Armadas não atuarão nas ruas do Rio de Janeiro, mas trabalharão em portos, aeroportos e fronteiras para combater a violência.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou hoje que as Forças Armadas não irão atuar nas ruas do Rio de Janeiro, mas que os militares serão mobilizados em portos, aeroportos e fronteiras para combater a violência crescente no estado.

Durante uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio, Dino afirmou que o Exército atuará na faixa de fronteira terrestre, enquanto a Marinha será responsável pela segurança na Baía de Guanabara, na Baía de Sepetiba e no Porto de Santos. Ele ressaltou que o Rio não possui fronteira terrestre, mas estados vizinhos como Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso têm áreas fronteiriças que são vitais para o crime organizado carioca.

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Dino também informou que a Marinha já aumentou o efetivo na Baía de Guanabara com o objetivo de combater o uso do litoral e dos portos para o tráfico de drogas para o exterior, uma das principais fontes de renda das facções criminosas. Ele mencionou a possibilidade de expansão da atuação da Marinha para o canal de acesso ao porto de Santos, devido à existência de conexões entre as organizações criminosas do Rio de Janeiro e a Baixada Santista.

No que diz respeito à Força Aérea, Dino afirmou que eles devem atuar nos aeroportos e também apoiar o Exército no controle das fronteiras terrestres. Ele destacou as importâncias dos aeroportos de Guarulhos e Galeão como pontos-chave para o fluxo do crime organizado e ressaltou que a Aeronáutica dará suporte nesse sentido.

Além da mobilização das Forças Armadas, o governo aumentou o número de policiais no Grupo de Investigações Sensíveis (Gise) da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. O Gise é responsável pelas principais investigações sobre facções criminosas, milícias e tráfico de armas no estado. Os policiais alocados no Rio foram enviados de diferentes estados para compensar déficits nas equipes.

Dino destacou que a PF enfrenta um déficit histórico de policiais, o que justifica o reforço das Forças Armadas na operação de combate ao crime no Rio. Ele também garantiu que as operações da PF não prejudicam a interação com a Polícia Civil, mesmo diante das recentes investigações que apontaram a ligação de policiais civis com o crime organizado. O ministro enfatizou a importância de identificar e punir os maus policiais em parceria com a Polícia Civil.

Em resumo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, definiu que as Forças Armadas atuarão em portos, aeroportos e fronteiras no Rio de Janeiro, enquanto a PF e a Polícia Civil intensificarão as investigações e combate ao crime organizado no estado.

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