Segundo as investigações, Antônia foi morta no dia 29 de setembro, em Boa Vista, três dias antes de prestar depoimento em um processo no qual acusava Telmário de estuprar a filha do casal. No momento do crime, a vítima foi abordada por um homem desconhecido que perguntou seu nome e, ao confirmá-lo, foi atingida com um tiro na cabeça.
A prisão de Telmário Mota ocorreu enquanto ele estava sozinho em um carro. Os investigadores relataram que ele não apresentou reação. Desde então, o ex-senador está sob custódia da Delegacia de Homicídio de Goiás. Durante a ação, a Polícia Civil também prendeu em flagrante um caseiro que possuía uma espingarda ilegal em seu quarto, na fazenda de Telmário.
Durante buscas na propriedade, foram apreendidos dinheiro, documentos, telefones celulares, iPad, alvos de tiros e quatro projéteis fincados em uma árvore. Segundo depoimentos prestados à Polícia Civil, dias antes do assassinato houve treinamento de tiros na referida árvore. Os projéteis foram encaminhados ao Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida para análise balística.
A operação que resultou na prisão de Telmário Mota também decretou a prisão de Ney Mentira, conhecido como Harrison Nei Correa Mota, sobrinho do ex-senador, por colaborar com a logística e planejamento do crime. Já o executor, Leandro Luz da Conceição, foi encontrado e preso em Caracaraí, Roraima.
A operação, denominada Caçada Real, está sendo conduzida pelo Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa em Boa Vista, Caracaraí e Brasília. A Agência Brasil aguarda posicionamento da defesa de Telmário Mota sobre o caso.
É importante destacar que o ex-senador é suspeito de ser o mandante do assassinato de Antônia Araújo Sousa, crime que chocou a população. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso e garantir a responsabilização dos envolvidos.
