Segundo as informações divulgadas pelo jornal francês Le Monde, Kuzmitchev é coacionista do consórcio Alfa Group, proprietário do Alfa Bank. Apesar de ter sido detido, o bilionário ainda não foi formalmente acusado dos crimes pelos quais está sendo investigado. No entanto, a União Europeia já impôs sanções a Kuzmitchev em março de 2022, alegando que ele possui ligações estreitas com o presidente russo, Vladimir Putin. Essas sanções foram estabelecidas logo após o início da guerra na Ucrânia, em uma tentativa de preservar a integridade do país.
Após ter seu nome inserido na lista de sanções europeias, os dois iates de Kuzmitchev, chamados Petite Ourse e Petite Ourse II, foram apreendidos pela alfândega francesa. Agora, a investigação realizada pelas autoridades francesas visa também apurar suspeitas de fraude fiscal e outras violações de sanções por parte do bilionário russo.
Esta é a terceira vez que o órgão francês abre um procedimento legal contra oligarcas russos. As ações têm relação direta com a invasão da Ucrânia pela Rússia e buscam responsabilizar os indivíduos envolvidos em crimes relacionados à guerra.
Por sua vez, o Kremlin se manifestou sobre o caso e afirmou que a Rússia irá proteger os direitos de Kuzmitchev assim que receber mais informações sobre a detenção por parte das autoridades francesas. O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, destacou a importância de obter informações através da missão diplomática russa e se comprometeu a auxiliar o bilionário russo, caso seja necessário.
A detenção de Alexei Kuzmitchev e a investigação em curso colocam em evidência a complexa relação entre a Rússia e a União Europeia, bem como as consequências financeiras e políticas decorrentes da crise na Ucrânia. O desdobramento desses eventos e a eventual acusação e julgamento do bilionário russo serão acompanhados de perto pela comunidade internacional.