Viveiro Tamboril preserva 40 espécies em extinção, incluindo bambu e erva nativa considerados extintos

O Viveiro Tamboril, localizado na unidade do Jardim Botânico, abriga mais de 700 espécies nativas raras, ameaçadas, comestíveis e medicinais dos biomas Mata Atlântica e Cerrado, sendo cerca de 40 delas consideradas em alguma categoria de extinção. O espaço, inaugurado em 2012, possui uma área útil de 700 m² e abriga aproximadamente 10 mil exemplares de mudas, com o objetivo de contribuir para pesquisas e políticas públicas relacionadas à produção de sementes, mudas e resgate de espécies nativas em perigo de extinção.

Destacam-se no Viveiro Tamboril exemplares únicos, como o Bambuzinho Nativo da Mata Atlântica (Reitzia smithii Swallen) e a Erva nativa (Alstroemeria caryophyllaea), que são considerados extintos na natureza. Além disso, outras espécies também podem ser encontradas no local, como a Tabebuia cassinoides, conhecida como caixeta e classificada como “vulnerável”, a Roupala sculpta, da família Proteaceae e na categoria “em perigo crítico”, e a Escobedia grandiflora, também “em perigo crítico”. Algumas dessas espécies serão reintroduzidas nas áreas do Jardim Botânico de São Paulo, visando atender aos requisitos da categoria A para jardins botânicos.

O trabalho realizado no viveiro é fundamental para a conservação da biodiversidade e conta com a participação do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). A pesquisadora Regina Shirasuna, responsável por incorporar ao espaço exemplares de espécies coletadas em Unidades de Conservação do Estado de São Paulo, destaca a importância do plantio de novos indivíduos para a conservação das espécies. Um exemplo é a Roupala sculpta, que possui apenas dois registros de ocorrência, sendo um no Jardim Botânico de São Paulo e outro no município de São Miguel Arcanjo.

O Viveiro Tamboril não apenas contribui para a pesquisa e elaboração de planos de manejo das unidades de conservação, mas também promove visitas e oficinas práticas para conscientização de alunos do ensino superior. O espaço busca incentivar ações que evidenciam a importância do plantio de novos indivíduos para a conservação das espécies e trabalha em prol da preservação da biodiversidade dos biomas paulistas, colaborando com a proteção do meio ambiente.

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