Repórter São Paulo – SP – Brasil

Cabo suspeito de furto das armas do Exército apresenta atestado psiquiátrico após se ausentar do quartel em São Paulo.

Um cabo do Exército, considerado um dos principais suspeitos do furto de 21 armas do Arsenal de Guerra de Barueri, apresentou um atestado psiquiátrico após se ausentar do quartel. A informação foi divulgada pelo portal G1 e confirmada pelo Exército à Folha de São Paulo.

O cabo compareceu ao Arsenal de Guerra na última sexta-feira, acompanhado de um advogado e portando o atestado psiquiátrico. Ele era motorista do ex-diretor da unidade, que foi exonerado do cargo após o furto das armas, mas não é suspeito de envolvimento no crime.

Segundo as investigações, o militar teria utilizado uma picape do diretor para transportar as armas para fora do quartel. Ele é um dos seis militares suspeitos de participação direta no furto e o Exército solicitou a prisão preventiva de todos eles ao Superior Tribunal Militar. Até o momento, nenhum dos suspeitos foi preso.

O caso está sob sigilo, determinado pelo juízo da 2ª Auditoria da 2ª CJM. Inicialmente, foi divulgado que sete militares eram suspeitos do crime, mas o Exército afirma que não houve participação de civis no furto.

Se forem presos, os seis militares serão levados para o 2º Batalhão de Polícia do Exército, em Osasco, onde permanecerão até a conclusão do inquérito. Além disso, 19 militares já foram condenados a prisões administrativas dentro da unidade de Barueri, com penas que variam de 1 a 20 dias de detenção.

Os detidos estão entre os 20 militares responsáveis pela vigilância das instalações no momento em que o armamento foi subtraído. Das 21 armas furtadas, 17 foram recuperadas pelas polícias do Rio de Janeiro e São Paulo, porém, quatro metralhadoras com poder antiaéreo continuam desaparecidas.

O furto teria ocorrido durante o feriado de 7 de Setembro, quando o quartel estava esvaziado. O circuito de energia foi desligado, desativando as câmeras de segurança e o alarme do paiol. Sem o alarme e as imagens, pelo menos três militares teriam agido para romper o cadeado que protegia as armas e as transportaram para fora do quartel.

O desaparecimento das armas só foi notado no dia 10 de outubro, quando foi constatado que o cadeado havia sido trocado. Após a descoberta, os 480 militares do Arsenal de Guerra ficaram aquartelados por uma semana e foram sendo liberados gradualmente até a última terça-feira.

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