Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram em percentual de população idosa, revela Censo 2022 do IBGE

De acordo com os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados do país com o maior percentual de população idosa. O número de idosos com 65 anos ou mais aumentou 57,4% desde 2010, passando de 14.081.477 para 22.169.101 em 2022.

O envelhecimento da população é uma tendência observada em todo o país. O IBGE vem divulgando progressivamente os dados do Censo 2022 e já apresentou informações sobre a população brasileira em geral, indígenas e quilombolas.

No Brasil, as regiões Sudeste e Sul possuem a maior proporção de idosos, com 12,2% e 12,1% respectivamente. Enquanto isso, as regiões Norte e Nordeste possuem a maior porcentagem de crianças com até 14 anos, com 25,2% cada.

No Rio Grande do Sul, 14,1% dos moradores têm 65 anos ou mais, o que o torna o estado com a maior proporção de população idosa. Além disso, o estado registra o menor percentual de crianças, representando apenas 17,5% da população gaúcha. A idade mediana no Rio Grande do Sul é de 38 anos, três a mais do que a média nacional.

O Rio de Janeiro e Minas Gerais também apresentam percentuais significativos de idosos em sua população, com 13,1% e 12,4% respectivamente. Enquanto isso, a porcentagem de crianças nos dois estados é de 17,8% e 18,1%.

Por outro lado, os estados da Região Norte possuem a maior proporção de crianças, com destaque para Roraima, Amazonas e Amapá, onde os percentuais de idosos com 65 anos ou mais não chegam a 6%. Esses estados têm uma idade mediana de 29 anos, sendo que em Roraima ela chega a ser 26 anos.

Segundo a pesquisadora do IBGE Izabel Guimarães, os estados da Região Norte iniciaram tardiamente o processo de redução da fecundidade em comparação com o restante do país. Além disso, a migração, principalmente da Venezuela, tem efeito significativo no número de nascimentos em Roraima.

O Censo 2022 também oferece informações sobre municípios, mostrando que o envelhecimento da população é mais intenso nas cidades de menor e maior porte. O índice de envelhecimento, que compara o número de idosos com 65 anos ou mais com cada grupo de 100 crianças até 14 anos, é de 76,2 nas cidades com até 5 mil habitantes e de 63,9 nas cidades com mais de 500 mil habitantes.

Nos municípios intermediários em termos de população, o índice de envelhecimento é mais baixo, tendo seu menor patamar registrado nas cidades com entre 50 mil e 100 mil habitantes, com índice de 48,9.

Entre os municípios com maior índice de envelhecimento, nove são do Rio Grande do Sul e um de São Paulo. Já os menores índices de envelhecimento são liderados por nove municípios da Região Norte, sendo três de Roraima, dois do Acre, dois do Amazonas e dois do Pará.

Esses dados mostram a importância de políticas públicas voltadas para a população idosa, como melhorias na qualidade de vida e cuidados de saúde, e também ressaltam a necessidade de investimentos na promoção da natalidade em certas regiões do país. A divulgação dos dados específicos sobre migração e fecundidade do Censo 2022 em 2024 será fundamental para uma análise mais completa da dinâmica demográfica do Brasil.

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