População idosa no ABC tem crescimento de 73,83% em 12 anos, revela IBGE

Novos dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam o aumento do número de idosos no Brasil e na região do ABC. De acordo com o levantamento, o país registrou um crescimento de 57,4% no número de idosos em comparação com o Censo de 2010. Já no ABC, o crescimento foi ainda maior, atingindo 73,83% no mesmo período.

Em 2010, o ABC contava com uma população de 2.551.328 habitantes, dos quais 184.444 tinham 65 anos ou mais. Em 2022, a população total subiu para 2.696.530, e o número de idosos aumentou para 320.622. Isso significa que a representação dos idosos na população total saltou de 7,22% para 11,89% ao longo desses 12 anos.

Entre as cidades do ABC, Diadema foi a que apresentou o maior aumento no número de idosos, com 94,8%, passando de 18.479 para 35.998. Em contrapartida, São Caetano registrou o menor aumento, com 43,06%, saindo de 20.728 para 29.655. Os números completos para cada município podem ser conferidos na tabela abaixo:

– Diadema: 94,80%
– Mauá: 82,42%
– Ribeirão Pires: 86,54%
– Rio Grande da Serra: 83,76%
– Santo André: 60,94%
– São Bernardo: 88,81%
– São Caetano: 43,06%
– ABC (total): 73,83%

Além disso, o IBGE também divulgou o índice de envelhecimento na região, que é calculado comparando o número de pessoas com 65 anos ou mais para cada 100 pessoas com até 14 anos. São Caetano apresentou o maior índice, com 117,03, seguida por Santo André (83,84), Ribeirão Pires (74,62), São Bernardo (68,28), Mauá (51,26), Diadema (50,25) e Rio Grande da Serra (46,36).

Segundo a geriatra Sumika Mori, a melhora nas condições sanitárias, o desenvolvimento econômico e o avanço na medicina são os principais fatores que contribuíram para o aumento do índice de envelhecimento da população brasileira. Mori destaca que o conhecimento sobre hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e a redução do consumo de cigarro, tem favorecido a longevidade dos idosos.

O professor Antônio Fernando Gomes Alves, especialista em economia, também fez uma análise dos dados divulgados pelo IBGE. Ele destaca que o índice de GINI, que mede a distribuição de renda, apresentou melhoras nas regiões Norte e Sul, enquanto as demais regiões pioraram nesse aspecto.

É importante ressaltar que o número de óbitos no Brasil aumentou significativamente, principalmente durante a pandemia. Os dados mostram que a maioria dos óbitos ocorreu na população masculina e que houve um crescimento expressivo de óbitos entre os idosos acima de 50 anos.

Esses novos números do Censo 2022 mostram a realidade do envelhecimento da população brasileira e sua influência nas diversas áreas, como saúde, economia e distribuição de renda. Cabe aos governantes e à sociedade como um todo se preparar para os desafios e oportunidades que esse aumento do número de idosos traz consigo.

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