ONU aprova proposta de trégua humanitária imediata no Oriente Médio assinada por 39 países

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou por ampla maioria, com 120 votos favoráveis, a proposta de resolução sobre o conflito no Oriente Médio apresentada pela Jordânia e assinada por 39 países membros. A proposta em questão pede uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza ao cessar das hostilidades”. Outro ponto importante da proposta é a exigência de “libertação imediata e incondicional de todos os civis que permanecem ilegalmente mantidos em cativeiro”.

Essa resolução foi aprovada na Assembleia Geral da ONU, que reúne representantes de 193 países. No entanto, é importante destacar que as resoluções da Assembleia Geral não possuem caráter obrigatório, funcionando mais como um gesto político. Para que um texto seja aprovado em caráter emergencial na Assembleia Geral, são necessários os votos de dois terços dos países. Nesse sentido, outros 14 países votaram contra a proposta e 45 se abstiveram.

Dentre os países favoráveis à proposta estão Brasil, Jordânia, Argentina, Egito, China, Líbano, Rússia, Portugal, Arábia Saudita e África do Sul. Por outro lado, países como Israel, Estados Unidos, Guatemala, Áustria, Hungria e Paraguai votaram contra a proposta.

Vale ressaltar que a proposta da Jordânia foi criticada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield. Ela argumentou que o documento não condena o grupo Hamas, responsável pelo sequestro de mais de 200 pessoas na Faixa de Gaza no início deste mês, e também não faz menção ao termo “reféns”.

Além de pedir a trégua e a libertação dos civis, o texto aprovado pela ONU também exige que as partes envolvidas cumpram o direito internacional. O documento ressalta a importância do acesso dos civis na Faixa de Gaza a bens e serviços essenciais, como água, alimentos e medicamentos. Além disso, a resolução solicita a revogação da ordem de Israel de evacuação de todas as pessoas do norte do enclave palestino.

Por fim, a resolução afirma que a solução para o conflito israelense-palestino só poderá ser alcançada por meios pacíficos, em conformidade com as resoluções relevantes das Nações Unidas e o direito internacional. O texto também destaca a importância da solução de dois Estados como base para essa resolução.

Em suma, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma proposta de resolução sobre o conflito no Oriente Médio que pede uma trégua humanitária imediata e a libertação dos civis sequestrados. Apesar de não possuir um caráter obrigatório, essa resolução representa um gesto político significativo na busca por uma solução pacífica para o conflito entre Israel e Palestina.

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