Homem monitorado com tornozeleira eletrônica é preso por descumprir medida de proteção em São Paulo

No último sábado (27), um homem de 58 anos foi preso pela Polícia Militar (PM) por descumprir uma medida protetiva emitida pela Justiça. O infrator, que estava sendo monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica, foi detido no parque São Domingos, localizado na zona oeste de São Paulo.

Segundo informações do boletim de ocorrência, o acusado já havia sido preso anteriormente, no dia 23 de outubro, por ameaçar uma mulher e sua filha de apenas 11 anos. Durante a audiência de custódia, o infrator recebeu a tornozeleira eletrônica e foi proibido de se aproximar do endereço das vítimas, conforme determinação judicial.

Mesmo com a medida protetiva em vigor, o acusado violou o perímetro de exclusão estabelecido pelo juiz já no dia seguinte. A tornozeleira eletrônica detectou a violação e emitiu um alerta que foi repassado ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).

Os policiais do 49º Batalhão de Polícia Militar (BPM/M) foram informados sobre o alerta e iniciaram as buscas pelo infrator. Durante o patrulhamento na região, os agentes localizaram o homem na manhã de sábado, portando uma faca tática e uma capa de colete camuflada.

O infrator, que já possuía antecedentes criminais, foi conduzido ao 87º Distrito Policial. Ele foi indiciado por violência doméstica devido ao descumprimento da medida cautelar. O delegado responsável pelo caso determinou a prisão em flagrante do acusado, que ficará à disposição do Poder Judiciário.

Vale ressaltar que em São Paulo existe um convênio entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e o Tribunal de Justiça que permite o monitoramento em tempo real de infratores que são liberados em audiências de custódia por meio de tornozeleiras eletrônicas. Essa medida visa especialmente agressores de mulheres. Desde setembro, quando o convênio entrou em vigor, aproximadamente 70 infratores deixaram o Fórum da capital paulista usando o dispositivo de monitoramento, sendo 30 deles envolvidos em casos de violência doméstica. Esse convênio tem se mostrado eficiente na prevenção de crimes e permite um controle externo realizado pelo Judiciário.

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