Segundo informações do boletim de ocorrência, o acusado já havia sido preso anteriormente, no dia 23 de outubro, por ameaçar uma mulher e sua filha de apenas 11 anos. Durante a audiência de custódia, o infrator recebeu a tornozeleira eletrônica e foi proibido de se aproximar do endereço das vítimas, conforme determinação judicial.
Mesmo com a medida protetiva em vigor, o acusado violou o perímetro de exclusão estabelecido pelo juiz já no dia seguinte. A tornozeleira eletrônica detectou a violação e emitiu um alerta que foi repassado ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).
Os policiais do 49º Batalhão de Polícia Militar (BPM/M) foram informados sobre o alerta e iniciaram as buscas pelo infrator. Durante o patrulhamento na região, os agentes localizaram o homem na manhã de sábado, portando uma faca tática e uma capa de colete camuflada.
O infrator, que já possuía antecedentes criminais, foi conduzido ao 87º Distrito Policial. Ele foi indiciado por violência doméstica devido ao descumprimento da medida cautelar. O delegado responsável pelo caso determinou a prisão em flagrante do acusado, que ficará à disposição do Poder Judiciário.
Vale ressaltar que em São Paulo existe um convênio entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e o Tribunal de Justiça que permite o monitoramento em tempo real de infratores que são liberados em audiências de custódia por meio de tornozeleiras eletrônicas. Essa medida visa especialmente agressores de mulheres. Desde setembro, quando o convênio entrou em vigor, aproximadamente 70 infratores deixaram o Fórum da capital paulista usando o dispositivo de monitoramento, sendo 30 deles envolvidos em casos de violência doméstica. Esse convênio tem se mostrado eficiente na prevenção de crimes e permite um controle externo realizado pelo Judiciário.