A presença feminina no setor agrícola ainda é minoritária, tornando o protagonismo das mulheres ainda mais relevante. Essas duas profissionais destacam-se não apenas por serem mulheres, mas também pela competência e dedicação às suas áreas de atuação.
Leila Luci Dinardo-Miranda é uma referência nacional em manejo integrado de pragas e nematoides na canavicultura. Como pesquisadora do Centro de Cana do IAC desde 1994, seus estudos resultaram em soluções sustentáveis para diversas regiões de cultivo de cana-de-açúcar no Brasil, além de terem sido compartilhados internacionalmente. Leila possui um doutorado em genética e atualmente é diretora do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro de Cana do IAC, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Em entrevista, ela expressou sua felicidade pelo reconhecimento e ressaltou o prazer em trabalhar na área.
Larissa Caixeta, por sua vez, dedica-se a pesquisas em nematologia e desenvolveu seu doutorado nessa área. Ela atuou no IAC como pesquisadora de pós-doutorado, vinculada à Pós-Graduação do instituto, onde estudou a resistência genética do cafeeiro a nematoides. Atualmente, ela continua sua pesquisa no Instituto Biológico, em parceria com o IAC. Larissa expressou orgulho por sua trajetória de 17 anos dedicados à pesquisa e por representar outras mulheres que também realizam trabalhos relevantes no agronegócio. Ela possui mestrado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco e realizou seu doutorado na Universidade de Brasília e na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
As duas pesquisadoras atribuem seu sucesso não apenas ao próprio trabalho, mas também ao apoio de suas famílias e colegas de trabalho. Leila destaca a importância do apoio de seu marido, pais e equipe do IAC em sua carreira de sucesso. Larissa, por sua vez, agradece aos colegas e mestres que a acompanharam ao longo de sua jornada.
Ambas enfatizam a difícil, porém gratificante, jornada da pesquisa no campo agrícola. Para elas, é fundamental encontrar pessoas que apoiam e levam além nesse caminho desafiador. Leila ressalta a contribuição das usinas de cana-de-açúcar, que apoiaram suas pesquisas, e Larissa destaca a importância da iniciação científica, que abriu portas para seu trabalho na nematologia.
O reconhecimento dessas duas mulheres doutoras do agro é um exemplo inspirador para outras mulheres que desejam se destacar profissionalmente em áreas tradicionalmente dominadas por homens. Suas contribuições no campo da pesquisa agrícola são dignas de celebração e demonstram o potencial ilimitado das mulheres no agronegócio.