Um dos principais responsáveis por esse resultado foi o aumento nos preços das passagens aéreas, que subiram 23,75% e tiveram um peso de 0,16 ponto percentual no índice. No acumulado do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) totalizou 3,96%. Já no cálculo dos últimos 12 meses, a inflação atingiu a marca de 5,05%, um aumento em relação aos 5% registrados em setembro.
Apesar do impacto positivo do setor de transporte, que teve uma alta de 0,78% e contribuiu com 0,16 ponto percentual no IPCA-15, o comportamento dos preços dos combustíveis teve uma influência para evitar uma inflação ainda maior. Houve uma queda de 0,44% nos combustíveis, sendo que a gasolina, o etanol e o gás veicular diminuíram seus preços, enquanto apenas o diesel teve um aumento de 1,55%.
No total, sete dos nove grupos pesquisados tiveram alta em outubro, sendo eles habitação, artigos de residência, vestuário, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais e educação.
O grupo de alimentação e bebidas foi o responsável por segurar a prévia da inflação, com um recuo de 0,31% nos preços, contribuindo com -0,07 ponto percentual no IPCA-15. Dentre os alimentos que tiveram uma redução nos preços, destacam-se o leite longa vida, com uma queda de 6,44%, o feijão-carioca, com uma diminuição de 5,31%, o ovo de galinha, que teve uma redução de 5,04%, e as carnes, que tiveram uma queda de 0,44%.
Os dados foram coletados pelo IBGE no período de 15 de setembro a 13 de outubro e consideram as famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos, abrangendo as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Em setembro, o IPCA fechou com uma inflação oficial de 0,26%.
