De acordo com as informações da polícia, o aluno passou o fim de semana na casa do pai, localizada em Santo André, na Grande São Paulo. Durante sua estadia, ele encontrou um revólver calibre 38 que era guardado sob um colchão. O adolescente também descobriu as munições, que estavam em outro local da residência. Segundo a polícia, ele vasculhou a casa até encontrar esses objetos.
Vale ressaltar que os pais do jovem são separados e no domingo, véspera do ataque, ele retornou para a casa da mãe já armado. O revólver utilizado no crime era registrado e estava regular, porém não havia sido recadastrado, conforme informou a polícia.
Até o momento, as motivações do ataque ainda estão sendo investigadas. Segundo o advogado Antonio Edio, que representava o atirador, o adolescente alegou que cometeu o crime na tentativa de resolver o bullying e a homofobia que sofria. Ele afirmou ter pegado a arma escondido do pai.
A Escola Estadual Sapopemba tinha conhecimento de brigas envolvendo o autor do ataque. Uma coordenadora da unidade confirmou que o adolescente havia destratado uma colega e que duas alunas a procuraram para alertar sobre o ocorrido. No entanto, não há detalhes sobre o que exatamente aconteceu. A coordenadora planejava conversar com o jovem, mas ele não compareceu à escola.
A coordenadora também relatou que ocorreram outros desentendimentos envolvendo o adolescente ao longo do ano. No momento do ataque, ela encontrou o jovem com a arma nas mãos e questionou o motivo da violência. Ela conseguiu tomar o revólver e o abraçou, mas o atirador não respondeu. O aluno permaneceu na sala da diretora até a chegada da Polícia Militar.
É importante ressaltar que as informações foram obtidas pela reportagem da Folha e que o caso continua sendo investigado pelas autoridades competentes.