Pai de aluno responsável por ataque em escola de São Paulo é indiciado por posse irregular de arma

No último dia 23, a Polícia Civil indiciou o pai do aluno responsável pelo ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, por posse irregular de arma e omissão na cautela de guarda de arma. O homem, que é comerciante e tem 51 anos, foi ouvido e indiciado em um inquérito separado do que investiga as circunstâncias do ataque.

De acordo com as informações da polícia, o aluno passou o fim de semana na casa do pai, localizada em Santo André, na Grande São Paulo. Durante sua estadia, ele encontrou um revólver calibre 38 que era guardado sob um colchão. O adolescente também descobriu as munições, que estavam em outro local da residência. Segundo a polícia, ele vasculhou a casa até encontrar esses objetos.

Vale ressaltar que os pais do jovem são separados e no domingo, véspera do ataque, ele retornou para a casa da mãe já armado. O revólver utilizado no crime era registrado e estava regular, porém não havia sido recadastrado, conforme informou a polícia.

Até o momento, as motivações do ataque ainda estão sendo investigadas. Segundo o advogado Antonio Edio, que representava o atirador, o adolescente alegou que cometeu o crime na tentativa de resolver o bullying e a homofobia que sofria. Ele afirmou ter pegado a arma escondido do pai.

A Escola Estadual Sapopemba tinha conhecimento de brigas envolvendo o autor do ataque. Uma coordenadora da unidade confirmou que o adolescente havia destratado uma colega e que duas alunas a procuraram para alertar sobre o ocorrido. No entanto, não há detalhes sobre o que exatamente aconteceu. A coordenadora planejava conversar com o jovem, mas ele não compareceu à escola.

A coordenadora também relatou que ocorreram outros desentendimentos envolvendo o adolescente ao longo do ano. No momento do ataque, ela encontrou o jovem com a arma nas mãos e questionou o motivo da violência. Ela conseguiu tomar o revólver e o abraçou, mas o atirador não respondeu. O aluno permaneceu na sala da diretora até a chegada da Polícia Militar.

É importante ressaltar que as informações foram obtidas pela reportagem da Folha e que o caso continua sendo investigado pelas autoridades competentes.

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