Essa notícia foi recebida com muita alegria pelos acolhidos. Jair Silva, de 36 anos, que foi acolhido há um mês, se mostrou extremamente feliz com a decisão: “É verdade isso? Não acredito!”. Jair foi morar nas ruas após se separar, mas desde que entrou no serviço estadual, tem conseguido reconstruir sua vida. Com um emprego como mestre de obras, ele enxerga o abrigo como um local onde pode descansar, se alimentar e se preparar para o trabalho do dia seguinte. Jair sonha em juntar dinheiro e ter sua própria casa novamente.
O serviço, localizado nas proximidades da Praça da Sé, tem capacidade para receber até 50 pessoas por dia. Preferencialmente, famílias com crianças, idosos e pessoas com deficiência são atendidos, contando com o acompanhamento de profissionais do serviço social e equipe técnica.
Os acolhidos recebem alimentação, pernoite, têm acesso a chuveiros e participam de atividades socioeducativas. Quando necessário, são encaminhados para a rede de saúde e outras políticas públicas. Vale ressaltar que o abrigo recebe apenas pessoas encaminhadas pela Prefeitura de São Paulo.
O secretário de Desenvolvimento Social, Gilberto Nascimento, destacou a importância do serviço: “Manter um serviço tão importante é uma vitória para todos nós. Trata-se de um investimento social extremamente relevante, pois não se trata apenas de pernoite, mas de um equipamento que existe para mudar histórias.”
Desde a sua criação, mais de 5.500 pessoas já foram acolhidas, incluindo cerca de 500 crianças e migrantes de diversos países. Um exemplo é o casal de venezuelanos Ricardo e Yeraldin Garcia, que estão no abrigo há uma semana com sua filha Zoe de 1 ano e 6 meses. Eles ressaltam a importância do serviço estadual em suas vidas e agradecem por terem encontrado um local seguro para dormir.
O espaço conta com diversas instalações, como brinquedoteca, dormitórios, cozinha, refeitório, depósito, banheiros com chuveiros e sala de atendimento psicossocial. Tudo isso é acessível para pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e idosos.
Essa prorrogação do serviço terá um investimento de R$ 919,6 mil e até o momento, 90 pessoas foram encaminhadas para vagas fixas nos serviços de acolhimento municipais.
Com o acolhimento emergencial garantido até março de 2024, o governo de São Paulo demonstra seu compromisso em apoiar a população em situação de rua e proporcionar condições dignas de vida para essas pessoas.
