Exército brasileiro pune militares por furto de metralhadoras em São Paulo

No dia 26 de outubro, o Exército brasileiro anunciou que 17 militares foram punidos devido ao furto de 21 metralhadoras no Arsenal de Guerra de São Paulo. Segundo o Comando Militar do Sudeste, responsável pela unidade, os militares cometeram uma “falha de conduta e/ou erro de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento” e, por isso, receberam punições disciplinares.

Todos os 17 militares foram presos, sendo que o período de detenção varia de 1 a 30 dias, de acordo com cada caso. A prisão é prevista no Regulamento Disciplinar do Exército para transgressões médias e graves, podendo até levar ao licenciamento ou expulsão em casos extremos.

Esses militares fazem parte de um grupo de 20 que estão sob investigação por transgressão disciplinar. Eles eram responsáveis pela vigilância das instalações no momento em que as metralhadoras e fuzis foram furtados. Além desses, outros sete suspeitos ainda estão sendo investigados por participação direta no crime.

Na última terça-feira (24), o Exército decidiu encerrar o aquartelamento de 40 militares que estavam impossibilitados de sair do Arsenal de Guerra desde o dia 10 de outubro. No dia em que o furto foi descoberto, todos os 480 militares do local foram aquartelados. Após uma semana, eles foram sendo gradualmente liberados e tiveram seus celulares devolvidos.

Os sete militares suspeitos de envolvimento direto no furto estão sendo investigados em um inquérito policial e podem responder por furto, peculato, receptação, desaparecimento, consunção ou extravio. O Ministério Público Militar será responsável por realizar a denúncia, e as investigações estão ocorrendo em sigilo.

Como consequência do furto, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista foi exonerado do cargo de diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo e substituído pelo coronel Mário Victor Vargas Júnior, por ordem do comandante do Exército, general Tomás Paiva.

Até o momento, 17 armas foram recuperadas pelas polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo. Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, essas armas seriam vendidas para duas facções criminosas, o Comando Vermelho e o PCC.

Entretanto, quatro metralhadoras ainda estão desaparecidas, sendo que elas têm capacidade para derrubar helicópteros. O Exército acredita que as armas tenham sido furtadas entre os dias 6 de setembro e 10 de outubro, período em que o cadeado e o lacre do local foram trocados.

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