Além dos mandados de prisão e internação, a Justiça paulista também autorizou o cumprimento de busca e apreensão em 11 endereços ligados à quadrilha, localizados nas regiões sul, norte e leste da cidade. O bando, conhecido por sua violência nas abordagens, é especializado em roubar motos com mais de 500 cilindradas, que possuem alto valor no mercado.
As investigações contra essa quadrilha já vinham ocorrendo há pelo menos sete meses, a partir das informações levantadas pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Durante as investigações, os policiais identificaram pelo menos duas quadrilhas que atuam na capital paulista e região metropolitana.
Durante a operação, os policiais encontraram celulares de vítimas nos endereços dos membros da quadrilha. Os adolescentes apreendidos também participaram dos crimes, segundo a Polícia Civil. O delegado do Cerco Oeste, Felipe Nakamura, explicou que os criminosos agem sempre com violência, utilizando armas de fogo e ameaçando as vítimas.
Essa é a terceira fase da Operação Drake, nome que faz referência à expressão “mandrake”, gíria utilizada pelos suspeitos para se referir a “ladrões de moto”. Na primeira fase da operação, oito criminosos foram presos e dois adolescentes foram apreendidos. Além disso, foram recuperadas 11 motocicletas roubadas e esclarecidos 14 roubos.
Já na segunda fase da operação, realizada em outubro, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em três cidades: São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu das Artes. O material apreendido ajudará a identificar outros criminosos envolvidos nos roubos.
Os roubos de motos de luxo ao longo do ano foram tema de cinco encontros realizados pelas forças de segurança do Estado no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Esses encontros, feitos em parceria com as vítimas e os grupos de motociclistas, subsidiaram um relatório enviado à Polícia Civil para auxiliar nas investigações e desarticular as quadrilhas.
Essa ação da Polícia Civil atende a uma demanda dos grupos de motociclistas, que pediam um trabalho mais ostensivo na identificação dos envolvidos nos crimes. A operação continua em andamento e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.
