No ataque do Hamas, mais de 1.400 pessoas, principalmente civis, foram mortas. Houve também o sequestro de dezenas de pessoas que foram levadas para Gaza, onde permanecem como reféns até o momento. Os atacantes utilizaram drones aéreos para desativar postos de observação israelenses e equipamentos de vigilância de alta tecnologia. Além disso, alguns utilizaram parapentes para voar até Israel, enquanto outros se locomoveram de motocicletas, uma estratégia comumente utilizada por grupos paramilitares iranianos, mas não pelo Hamas até aquele momento.
Autoridades norte-americanas afirmaram que o Irã regularmente treina militantes, tanto no próprio país quanto em outros locais. No entanto, não há informações que indiquem um treinamento em massa antes do ataque em questão. Além disso, não existem indicações de que o Irã tenha realizado um treinamento específico para se preparar para os eventos ocorridos no dia 7 de outubro.
As forças militares de Israel fizeram declarações contundentes sobre a colaboração do Irã com o Hamas e outros grupos militantes. O porta-voz principal dos militares israelenses, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que o Irã ajudava o Hamas com dinheiro, treinamento, armas e conhecimento tecnológico antes da guerra. Hagari também frisou que mesmo atualmente o Irã continua auxiliando o grupo com inteligência.
O jornal Wall Street Journal trouxe informações adicionais sobre o envolvimento do Irã no planejamento do ataque. Citando altos funcionários do Hamas e do Hezbollah, o jornal informou que a Força Quds auxiliou no planejamento do ataque e houve um acordo para que o mesmo fosse realizado em uma reunião em Beirute, no dia 2 de outubro, com líderes do Hamas e do Hezbollah. Essas informações também foram confirmadas por um conselheiro do governo sírio e um funcionário europeu.
As autoridades do Hamas orgulham-se do apoio do Irã desde os ataques. Khaled Meshaal, um alto funcionário do grupo, destacou o suporte que receberam do Hezbollah e do Irã com armas, conhecimento tecnológico e tecnologia. Ainda há muitos desdobramentos e investigações em andamento sobre esse ataque e a colaboração entre o Hamas e o Irã, que ainda darão muito o que falar nos próximos dias.
