Metrô de São Paulo demite cinco operadores de trens após paralisação surpresa

O Metrô de São Paulo anunciou nesta terça-feira (24) a demissão de cinco operadores de trens devido à paralisação surpresa ocorrida no último dia 12. Ao todo, nove funcionários sofreram punições, sendo que um foi suspenso por 29 dias e os outros três, que possuem estabilidade sindical, serão suspensos sem remuneração para serem submetidos a inquérito perante o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que irá apurar a ocorrência de falta grave e decidir sobre a demissão.

O protesto que resultou na paralisação de aproximadamente três horas ocorreu devido a advertências consideradas injustas aos trabalhadores da linha 2-verde, segundo o Sindicato dos Metroviários. Vale lembrar que essa paralisação ocorreu nove dias após uma greve que interrompeu grande parte do transporte sobre trilhos na cidade.

A greve do dia 3 foi realizada em conjunto com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e a Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado), em protesto contra privatizações no governo de Tarcísio de Freitas. Em nota, o Metrô afirmou que também está avaliando outros casos e não descarta novas punições.

Os diretores do Sindicato dos Metroviários estão reunidos para discutir as demissões. O Metrô justifica sua decisão com base em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicaram a conduta irregular dos nove profissionais. Segundo a empresa, a paralisação atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação, pois ocorreu sem aviso prévio e sem autorização da assembleia da categoria.

O Metrô ressalta que os nove empregados punidos alegaram protestar contra advertências recebidas por outros três empregados da linha 2-verde, mas afirma que essas advertências não implicavam demissão ou redução de salários.

Em decorrência da greve do início do mês, o Metrô entrou com uma ação na Justiça solicitando o pagamento de R$ 7,1 milhões por prejuízos, além de indenização por danos morais devido aos prejuízos à imagem da companhia. O Sindicato dos Metroviários terá 30 dias para apresentar sua defesa.

Durante a greve, Tarcísio foi criticado pelos sindicatos por chamar a paralisação de política.

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